Estado já realizou 102 transplantes de rim e 53 de córnea em 2024
Com o início da campanha Setembro Verde, que promove a conscientização sobre a doação de órgãos em todo o Brasil, o Governo do Amazonas destaca os avanços no setor. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) tem desempenhado um papel fundamental, realizando transplantes de rins e córneas, além de se preparar para o início dos transplantes de fígado no estado.
Avanços no transplante de órgãos
Entre janeiro e agosto de 2024, o Amazonas contabilizou 102 transplantes de rim, sendo 87 com doadores vivos e 15 com doadores falecidos. O início dos procedimentos com doadores falecidos, em junho, marcou um importante avanço para o estado, evidenciando a evolução contínua das técnicas e da equipe médica. Além disso, foram realizados 53 transplantes de córnea no mesmo período.
O governador Wilson Lima anunciou recentemente que o Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz, na zona Norte de Manaus, está se preparando para realizar transplantes de fígado a partir de 2025. Esse passo representa um avanço significativo na ampliação dos serviços de saúde no estado.
Preparativos para transplantes de fígado
A secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, destacou a importância da estruturação do Hospital Delphina Aziz para os futuros transplantes de fígado. “Esse será mais um avanço importante para o Amazonas. O Governo tem trabalhado constantemente para fortalecer o setor”, afirmou.
Critérios para a doação e transplantes
De acordo com a coordenadora estadual de Transplantes, Isabela Seffair, a lista de espera para transplantes é única e atende tanto pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto da rede privada. A convocação é baseada em critérios técnicos, como tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, além da gravidade do estado de saúde do paciente. “Todos esses critérios seguem o rigoroso monitoramento do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde”, explicou a coordenadora.
Doação de órgãos: um gesto de amor
A médica Isabela Seffair reforça que a doação de órgãos é um ato grandioso de amor ao próximo. Ela enfatiza a importância de as pessoas comunicarem o desejo de serem doadoras, para que, após a morte, os familiares possam autorizar a doação. “A morte de um ente querido é sempre difícil, mas é nesse momento que o sofrimento pode ser transformado em esperança para aqueles que aguardam um transplante”, disse.
Após a confirmação de morte encefálica, a equipe multidisciplinar da unidade de saúde conversa com a família para explicar o processo de doação e solicitar o consentimento. Com a autorização, inicia-se uma investigação sobre o histórico clínico do doador, e, em seguida, é realizada a cirurgia de retirada dos órgãos.
Leia mais:
Lula sanciona lei para conscientizar e incentivar a doação de órgãos
83% das famílias amazonenses se recusam a doar órgãos de parentes que faleceram
Após transplante de Faustão, cresce registro de doador
Siga nosso perfil no Instagram e curta nossa página no Facebook