Óbitos por vírus respiratórios também apresentam queda de 32,4% em relação ao ano anterior
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), divulgou nesta segunda-feira (28) um novo Relatório Epidemiológico de Vírus Respiratórios com dados atualizados sobre a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado. O levantamento aponta redução significativa nos casos e óbitos por vírus respiratórios em 2025.
Comparativo entre 2024 e 2025 aponta queda nos registros
Entre 1º de janeiro e 26 de abril de 2025, foram notificados 1.206 casos de SRAG no Amazonas. Destes, 395 foram causados por vírus respiratórios, uma redução de 21,3% em comparação com o mesmo período de 2024, que registrou 502 casos.
No mesmo intervalo, o número de mortes também caiu. Foram 23 óbitos em 2025, contra 34 no ano anterior, o que representa uma queda de 32,4%. Entre os óbitos registrados este ano, 18 foram por Covid-19, dois por influenza A, dois por influenza B e um por parainfluenza.
Grupos mais afetados e tipos de vírus detectados
Nas últimas três semanas (de 6 a 26 de abril), as faixas etárias mais atingidas foram:
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60 anos ou mais (29,4%)
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Menores de 1 ano (23,3%)
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1 a 4 anos (17,5%)
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40 a 59 anos (9,6%)
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20 a 39 anos (9,4%)
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5 a 9 anos (6,8%)
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10 a 19 anos (4,1%)
Os principais vírus identificados nas amostras laboratoriais analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) foram:
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Rinovírus (41,5%)
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Influenza A (35,5%)
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Influenza B (19,4%)
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Adenovírus (7,2%)
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Vírus sincicial respiratório (2,7%)
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Coronavírus SARS-CoV-2 (1,2%)
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Parainfluenza (0,7%)
Rede estadual oferece suporte para atendimentos
A SES-AM reforça que casos leves de síndromes gripais devem ser atendidos nas Unidades Básicas de Saúde. Já os casos graves devem ser encaminhados para hospitais. A rede estadual possui 17 unidades de referência em Manaus, com equipes capacitadas para lidar com a SRAG.
Ações de prevenção e controle estão em curso
A secretária de Estado da Saúde, Nayara Maksoud, destacou a importância da integração entre vigilância e assistência. Segundo ela, ações como triagem de sintomas, testagem rápida para Covid-19, exames laboratoriais e imagem, além do tratamento adequado conforme o quadro clínico, são essenciais para o controle das síndromes respiratórias.
Ela também citou o programa Alta Oportuna, implementado nos prontos-socorros infantis, que fornece kits de medicamentos e orientações aos pais após a alta hospitalar, como estratégia para evitar reinternações e aliviar a rede de emergência.
Medidas simples ajudam a prevenir doenças respiratórias
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, reforça que a prevenção começa com atitudes simples, como:
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Higienização frequente das mãos
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Etiqueta respiratória (cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar)
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Evitar aglomerações
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Uso de máscaras por pessoas com sintomas, profissionais da saúde e grupos de risco
Também é fundamental proteger crianças menores de seis meses, evitando ambientes com risco de exposição. A vacinação contra Covid-19 e influenza está disponível em todo o estado e é recomendada para o público elegível.
O relatório completo está disponível no site oficial da FVS-RCP: www.fvs.am.gov.br
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