Trauma grave no tórax e hemorragia interna foram identificados como causa da morte, aponta perícia em Bali
A autópsia realizada no Hospital Bali Mandara, na ilha de Bali, concluiu que Juliana Marins, de 26 anos, morreu em decorrência de um trauma contundente, que causou fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa, resultando em danos a órgãos internos e hemorragia, segundo o perito forense Ida Bagus Alit.
“Encontramos arranhões e escoriações, bem como fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e sangramento”, explicou o especialista .
Morte teria sido imediata após a queda
A perícia apontou que não foram encontrados indícios de reação corporal prolongada, como hérnia cerebral — que costuma aparecer horas após o trauma —, o que indica que a morte ocorreu rapidamente, possivelmente em cerca de 20 minutos após a queda.
Contradição
Após as declarações do perito e divulgação das informações do laudo, o resultado foi alvo de uma série de críticas. O principal motivo das dúvidas é com relaçao ao vídeo feito por drone, que mostra Juliana se movimentando, o que leva a pensar que estava naquele momento com o mínimo de consciência.
O vídeo em questão foi feito segundo informações da imprensa e da família, entre 3 e 6 horas após a queda — bem além dos 20 minutos mencionados pela autópsia.
Falta de sinais de exposição
Ainda de acordo com as informaçoes divulgadas, apesar da permanência do corpo por dias em condições adversas, não foram observados sinais de hipotermia ou lesões por frio, reforçando que a morte foi causada diretamente pelo impacto e não por condições ambientais
Dúvidas
A falta de linha do tempo clara e coordenada dos acontecimentos alimenta dúvidas e interpretações.
Familiares acusam a equipe de resgate de negligência e lentidão, alegando que uma intervenção dentro das “sete horas críticas” poderia ter salvo sua vida. O caso mobilizou usuários de redes sociais no Brasil, grupos de resgate voluntário na Indonésia e gerou uma promessa do presidente Lula de alterar regras sobre translado de corpos do exterior.
Contexto da tragédia
Juliana caiu durante uma trilha no Monte Rinjani na manhã do dia 21 de junho e seu corpo só foi resgatado na noite de 25 de junho, após operação dificultada por terreno acidentado e neblina densa. As imagens de drone mostraram que ela estava caída cerca de 500 m abaixo da rota principal, em um local isolado e de difícil acesso.

*Com informações do G1
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