O início do inverno amazônico indica um aumento no volume de precipitação de chuva entre os meses de novembro e março em todo o estado. Durante este período, é comum ocorrer acidentes com animais peçonhentos, alagamentos, deslizamentos e enxurradas.
A Defesa Civil do Amazonas e a Fundação de Medicina Tropical (FMT-HVD) orientam a população em caso de acidentes.
Recomendações para chuvas intensas
A Defesa Civil monitora diariamente os 62 municípios do estado através do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa) e dá dicas importantes de como se preparar para as chuvas:
- Manter calhas e ralos da residências limpos;
- Não jogar lixo nas ruas, pois podem causar entupimentos;
- Solicitar a poda ou corte de árvores com risco de queda.
Em casos de inundações, a Defesa Civil recomenda:
- Desligar os aparelhos elétricos e o quadro geral de energia;
- Manter lanternas e pilhas em condições de uso;
- Evitar contato com a água de alagamento;
- Colocar móveis e utensílios em locais altos.
O órgão orienta fazer o cadastro para receber alertas oficiais sobre possíveis desastres naturais por meio de SMS ou Whatsapp.
Animais peçonhentos
No período de chuvas aumentam os casos de acidentes com serpentes, aranhas, escorpiões e lagartos.
Atualmente, há cinco crianças internadas no hospital da FMT-HVD por acidentes com serpentes. As crianças são de diferentes regiões do estado e residem em zonas rural e urbana.
“Nós temos observado, nas últimas semanas, o número de crianças atacadas por serpentes e resolvemos fazer um alerta aos pais, para que eles orientem as crianças a evitar todo ambiente onde esses animais possam estar”, disse o diretor de Assistência Médica da FMT-HVD, Dr. Antonio Magela.
No aumento das chuvas, esses animais procuram locais secos para se abrigar, e acabam se encontrando furtivamente e acidentalmente com os seres humanos causando acidentes, já que os animais não têm a intenção de atacar, segundo o diretor.
Magela afirma que quintais com entulhos e objetos acumulados são locais propícios para o aparecimentos destes animais, porque podem servir de abrigo seco em época de chuvas.
O que fazer?
“Qualquer pessoa que sofrer um acidente com serpentes, escorpiões, lagartas, aranhas, deve procurar o mais rápido possível a unidade de saúde mais próxima. A unidade vai fazer a avaliação clínica, e havendo sinais de envenenamento agudo, a pessoa vai ser encaminhada para a Fundação de Medicina Tropical para o devido tratamento”, disse Magela.
Todos os municípios têm unidades de referência e têm acesso ao soro antiofídico. O Programa Nacional de Imunização (PNI) distribui soro antiveneno. Todo o uso de soro tem notificação compulsória, que garante a reposição do estoque do medicamento, deixando sempre a unidade abastecida.
O que não fazer?
Magela afirma que o que não fazer é, muitas vezes, mais importante do que o que fazer.
“Antigamente se dizia que deveria ser amarrado o membro acometido, mas não é recomendado mais esse tipo de procedimento”, alertou o médico.
Além disso, outras atitudes, muitas de cunho cultural, também são contra indicadas, como cortar o ferimento para sangrar mais, sugar o ferimento com a boca, colocar qualquer coisa sobre a lesão. Todas essas atitudes podem agravar a situação do paciente.
Números de emergência
Em caso de problemas e emergências durante a chuva, o Governo do Estado orienta acionar esses números:
- 199 (Defesa Civil)
- 190 (Polícia/Ciops)
- 193 (Corpo de Bombeiros)
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