Estimativa representa crescimento de 50% em relação a 2024
Na contramão da projeção nacional, que prevê queda de 4,4% na produção de café, o Amazonas deve registrar crescimento de 50% na safra de 2025, alcançando 2,2 mil toneladas. Os dados são do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam). Esse avanço é impulsionado pela ampliação das áreas de plantio e pela valorização do grão no mercado internacional.
Expansão da área de plantio e produtividade
Em 2024, a produção amazonense atingiu 1,5 mil toneladas, um crescimento de 49,7% em relação ao ano anterior. O levantamento do Idam também aponta que a área plantada passou de 818 hectares, em 2023, para 1,2 mil hectares em 2024.
Segundo a coordenadora do Projeto Prioritário do Café do Idam, Ana Cecília Lobato, a cultura cafeeira tem grande potencial no estado, podendo atingir de 100 a 120 sacas por hectare no auge da produção. “O aumento das áreas cultivadas, especialmente no sul do Amazonas e na Região Metropolitana de Manaus, é um dos fatores que impulsionam o crescimento. A presença de uma fábrica que compra o café também incentiva os produtores”, explicou.
Valorização do grão e incentivo ao produtor
O preço da saca de café pode chegar a R$ 2 mil, estimulando cada vez mais agricultores a investirem na cultura. Muitos produtores têm buscado as unidades do Idam para acessar serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), garantindo melhores resultados na colheita.
Apoio técnico e capacitação
Para fortalecer a produção cafeeira, o Idam oferece capacitações, cursos sobre boas práticas, Dias de Campo e implantação de Unidades Demonstrativas nos municípios produtores, como Humaitá, Presidente Figueiredo, Silves, Vila Extrema, Apuí e São Sebastião do Uatumã.
“Com as visitas técnicas, ajudamos os agricultores a melhorar a produtividade e a minimizar perdas, principalmente em períodos de estiagem, que afetaram as lavouras nos últimos anos”, destacou Ana Cecília.
Principais municípios produtores
Os maiores produtores de café do Amazonas estão na calha do rio Madeira. Na última safra, essa região produziu 1.036 toneladas, sendo os destaques:
- Humaitá: 614,6 toneladas (256 hectares plantados);
- Apuí: 345,6 toneladas (270 hectares);
- Santo Antônio do Matupi (Manicoré): 48 toneladas;
- Borba: 28,8 toneladas.
Outras regiões também estão expandindo suas lavouras. Em Guajará, na calha do rio Juruá, a área plantada saltou de 15 para 300 hectares, com produção de 70,5 toneladas em 2024. A expectativa é que o município entre, em breve, no ranking dos maiores produtores do estado.
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