O Ministério da Saúde confirmou a morte de dois pacientes indígenas que estavam a bordo de um helicóptero a serviço do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami na última segunda-feira (7).
O que aconteceu
Conforme apurado pela pasta, o helicóptero transportaria pacientes indígenas das aldeias Mokorosik e Kahusik com destino à Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) de Parima.
De acordo com o técnico de enfermagem Thiago Wilker, que estava na aeronave na hora da queda, os idosos doentes seriam levados primeiro, e depois outras crianças doentes seriam levadas em uma segunda viagem. Entretanto, o helicóptero sofreu uma pane segundos após decolar para a primeira viagem.
No momento da queda, estavam a bordo cinco pessoas, sendo elas dois pacientes indígenas, o piloto, um funcionário de apoio da Voare — empresa dona da aeronave que caiu — e o técnico de enfermagem Thiago Wilker.
Os dois pacientes indígenas, identificados como Bitado Yanomami, de 78 anos, e Toraquitere Yanomami, de 80, morreram no acidente. Os dois eram irmãos, e figuras importantes em suas comunidades. Bitado Yanomami era, inclusive, o xamã de duas comunidades.
Governo federal emitiu nota
Após a chegada das informações, o governo federal emitiu uma nota de pesar pelo falecimento das duas vítimas. Confira a nota na íntegra:
“Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) manifesta pesar pelo falecimento dos anciãos Bitado Yanomami e Toraquitere Yanomami, vítimas de acidente com a aeronave que presta serviço para o Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena Yanomami (Dsei- Yanomami), ocorrido na tarde de segunda-feira (7).
Conforme o comunicado da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), a aeronave realizava transporte de três pacientes indígenas das aldeias Mokorosik e Kahusik com destino à Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) de Parima, quando precisou realizar um pouso forçado.
Houve resgate aos pacientes, porém, não resistiram. Os demais ocupantes da aeronave foram resgatados e passam bem, recebendo atendimento em Boa Vista.
Neste momento de dor e tristeza coletiva, a Funai se solidariza com os familiares, o povo Yanomami e com os profissionais de saúde.
Que os saberes e costumes tradicionais dos anciãos sejam exemplo para as atuais e futuras gerações.”
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