O Observatório BR-319, rede de organizações que atua na área de influência da rodovia que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO), lançou uma nova versão do mapa interativo sobre a área de influência da rodovia BR-319, com diversas funcionalidades que vão auxiliar a pesquisa e o monitoramento de informações da área. A ferramenta, que pode ser acessada no site da rede, reúne dados sobre infraestrutura, áreas protegidas, incluindo Terras Indígenas (TIs) e Unidades de Conservação (UCs), assentamentos rurais, e monitoramento com indicadores sobre focos de calor, desmatamento, mineração e áreas de maior pressão, além de outras informações sobre o Interflúvio Madeira-Purus.
O Interflúvio Madeira-Purus é como é conhecida a região de terra entre os rios Madeira e Purus, que correm paralelamente sobre a maior parte do sudoeste da Amazônia, e é atravessada pela BR-319.
O mapa interativo permite visualizar a área de influência da rodovia, o que facilita a transparência e o acesso a informações oficiais sobre a região. A ferramenta é acessível a todo o público interessado, desde comunitários que vivem em territórios da região até cientistas que pesquisam sobre a BR-319.
Segundo Heitor Pinheiro, especialista em geoprocessamento e analista da Iniciativa Governança Territorial do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), a nova versão do mapa traz vantagens aos usuários, que poderão gerar mapas e exportar análises com diferentes critérios a partir de diferentes fontes.
“A nova plataforma é mais robusta, com a possibilidade de o usuário gerar mapas e exportar análises. Não é apenas um visualizador, é um SIG [Sistema de Informações Geográficas] on-line, que possibilita cálculo de área, análises espaciais e acesso a informações atualizadas sobre a área de influência da BR-319”, explicou Pinheiro.
O mapa traz dados oficiais de diversas fontes, incluindo plataformas como o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), Sistema de Informação Geográfica da Mineração (SIGMine) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre outras.
Entre as novas informações que podem ser consultadas no mapa interativo da BR-319, estão as comunidades e localidades atualizadas da região a partir de dados do IBGE, mineração e terras indígenas que estão em estudo pela Fundação Nacional dos povos Indígenas (Funai), assim como pontos de atenção ao desmatamento na região.
“Com essa plataforma, buscamos o nivelamento de informações com as instituições parceiras, além da possibilidade de utilização destes dados para reconhecimento em solo, análises comparativas, de sobreposições, e um melhor entendimento da realidade do Interflúvio Madeira-Purus”, acrescentou Heitor Pinheiro.
Para Fernanda Meirelles, líder da Iniciativa de Governança Territorial do Idesam, organização membro do OBR-319, esse mapa é um dos maiores serviços que a rede presta à sociedade. “O mapa traz informações muito úteis e reunidas em uma única ferramenta. Isso permite que as pessoas interessadas obtenham informações como desmatamento, ramais, degradação florestal, focos de calor, entre outras. Assim, moradores da região sob influência da BR-319 podem monitorar e compreender o que está acontecendo em seus territórios”, explicou Meirelles. “Somado a outras seções como a Linha do Tempo e a Biblioteca, o novo Mapa Interativo deixa o site do OBR-319 ainda mais completo e robusto. Todo o site é constantemente atualizado e, sem sombra de dúvidas, é a fonte mais segura e rica de informações sobre a BR-319 atualmente”, concluiu.
Em breve, serão divulgados tutoriais para facilitar o acesso e a geração de informações a partir do mapa interativo. Todas os vídeos estarão disponíveis no canal do Observatório BR-319 no Youtube em uma playlist exclusiva. Para conhecer o novo mapa, acesse: https://observatoriobr319.org.br/mapa/
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