O artista de grafite Rai Campos, conhecido como Raiz, está deixando sua marca nas paisagens urbanas de Manaus. Nascido e criado na Vila do Pitinga, em Presidente Figueiredo (AM), dentro da área indígena waimiri-atroari, Raiz trouxe sua inspiração das raízes amazônicas para embelezar os espaços urbanos da capital do Amazonas.
Em colaboração com o programa “Nosso Centro”, da Prefeitura de Manaus, Raiz e sua equipe de artistas estão trabalhando em dois grandes murais localizados no mirante Lúcia Almeida. O projeto, liderado pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) e financiado pelo Tesouro Municipal, visa transformar o espaço em uma expressão da cultura amazônica.
Biodiversidade amazônica no grafite
Os murais estão sendo concebidos como uma celebração da rica biodiversidade da floresta amazônica e da cultura indígena. A equipe de Raiz está utilizando técnicas mistas e uma paleta de cores para dar vida a expressões artísticas que retratam animais da floresta, símbolos indígenas, peças caboclas e elementos do cotidiano amazônico.
“Estou feliz em contribuir para a cidade que nos acolhe. Os murais celebram nossa cultura e identidade, além de serem uma forma de arte acessível a todos”, compartilhou Raiz durante uma sessão de trabalho.

A obra, que está em fase final de execução, está programada para ser concluída em breve. Uma vez finalizados, os murais poderão ser apreciados pelos visitantes do mirante e por transeuntes do Largo de São Vicente e pelo casarão Thiago de Mello.
Raiz, cujo estilo é uma fusão do realismo com elementos amazônicos, diz que sente gratidão pela oportunidade de criar livremente: “Receber a liberdade criativa para desenvolver esses murais foi uma honra. É uma demonstração do apoio e confiança da prefeitura e da equipe envolvida no projeto”, afirmou o artista.
Raiz participou de festival em Washington
Além de seu trabalho em Manaus, o artista recentemente participou do RiverRun Festival em Washington (EUA), onde exibiu suas obras em esteiras indígenas grafitadas, em uma fusão única entre a arte urbana e as tradições indígenas. “É importante levar a conscientização pela arte, especialmente sobre a preservação da Amazônia, para um público global. Espero que meu trabalho inspire outros a valorizar e proteger nossa rica herança cultural e ambiental”, concluiu.
Leia mais:
Wilson nomeia mais 17 comissões municipais no interior
Dengue se alastra, chega a 1,5 milhão de casos e 391 mortes
Loja de chocolate é embargada em Manaus
Siga nosso perfil no Instagram e curta nossa página no Facebook