A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (13), a 3ª fase da Operação Fake Agents, no Rio de Janeiro, para apurar um esquema de saques fraudulentos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) que teria desviado cerca de R$ 7 milhões de atletas, ex-jogadores e treinadores. Entre as vítimas estão Paolo Guerrero, Gabriel Jesus, Ramires, João Rojas, Titi, Raniel, Christian Cueva, Donatti, Tarouco, Obina e Paulo Roberto Falcão.
A investigação também aponta indícios de fraude envolvendo o FGTS do ex-técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari (Felipão). Segundo a PF, o grupo era liderado pela advogada Joana Costa Prado Oliveira, que usava contatos dentro da Caixa Econômica Federal para liberar valores de forma irregular. Ela teve a carteira da OAB suspensa após a abertura de um processo ético-disciplinar pelo Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-RJ.
Operação mirou funcionários da Caixa
Nesta nova etapa da operação, batizada de Fake Agents III, policiais federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão, três em residências de funcionários da Caixa, localizadas na Tijuca, Ramos e Deodoro, e um em uma agência bancária no Centro do Rio de Janeiro. Foram apreendidos celulares, computadores e documentos que devem ajudar a aprofundar as investigações.
De acordo com a PF, a fraude começou a ser descoberta após um banco privado denunciar uma conta aberta com documentos falsos em nome de Paolo Guerrero, de onde foram desviados cerca de R$ 2,2 milhões por meio de solicitações indevidas ao FGTS.
Como funcionava o esquema
As apurações apontam que a quadrilha agia desde 2014, envolvendo advogados, bancários, empresários e até ex-jogadores. O grupo identificava atletas recém-desligados de clubes e com valores a receber do FGTS. Em seguida, usava assinaturas e documentos falsos para acessar os recursos e abrir contas em outros bancos em nome das vítimas, transferindo o dinheiro desviado para laranjas, a fim de dificultar o rastreamento.
Segundo a PF, os investigados poderão responder por falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, entre outros crimes que ainda podem ser identificados durante o andamento das investigações.
Contexto da operação
A primeira fase da Fake Agents teve início após a descoberta da fraude milionária no nome de Paolo Guerrero. Já a segunda fase revelou que a advogada era responsável pela falsificação de documentos e articulação dos golpes. Agora, na terceira fase, a Polícia Federal direciona o foco para funcionários da Caixa Econômica Federal que teriam colaborado com os saques irregulares em benefício do grupo criminoso.
*Com informações de O Globo
Leia mais:
Ex-Presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, é preso pela PF em operação contra fraude no INSS
Saque-Aniversário do FGTS: Novas regras entram em vigor em novembro
Explicando: o possível fim do saque-aniversário do FGTS
Siga nosso perfil no Instagram, Tiktok e curta nossa página no Facebook
📲Quer receber notícias direto no celular? Entre no nosso grupo oficial no WhatsApp e receba as principais notícias em tempo real. Clique aqui.

