No próximo Carnaval do Rio de Janeiro, a comissão de frente da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro terá a amazonense Cleia Santos como destaque, representando os povos originários e, em especial, o povo indígena Yanomami, por meio do enredo “Hutukara”. Cleia, integrante do Corpo de Dança do Amazonas (CDA), expressa não apenas a cultura do Amazonas no carnaval carioca, mas também a diversidade cultural do Brasil.
Bailarina amazonense no carnaval carioca

A bailarina, que recebeu o convite durante a turnê do CDA no Rio de Janeiro, destaca a grande responsabilidade que carrega ao representar em cena uma cultura tão significativa em suas vivências. Com sangue indígena correndo em suas veias, Cleia ressalta a força e a responsabilidade que sente ao representar todos os povos indígenas na avenida.
“Eu me sinto representando todos os povos indígenas na avenida e é de uma responsabilidade e uma força muito grande. Acho que isso se dá pelas questões que eu vivo. Eu tenho sangue indígena, que é muito latente na minha vida. A gente vai fazer um trabalho incrível e será um desfile muito potente e representativo”, enfatiza Cleia.
Corpo de Dança do Amazonas

O Corpo de Dança do Amazonas, um dos corpos artísticos do Governo do Estado, coordenado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa, tem sido uma parte fundamental da jornada artística de Cleia. Desde os primeiros passos aos 8 anos em um projeto social na zona leste de Manaus, passando pelo Balé Experimental do CDA aos 15, até integrar o elenco em 2018, aos 19 anos, Cleia destaca a importância de cada etapa em sua formação artística.
Cleia Santos também se destaca em espetáculos com temática indígena, como “Mata” e “TA – sobre ser grande”, buscando aprimorar seus conhecimentos e contribuir para a representação dos povos indígenas por meio da dança e da arte.
Enredo do Salgueiro
A Acadêmicos do Salgueiro, além de apresentar a riqueza cultural do povo Yanomami, traz um tema reflexivo à Marquês de Sapucaí, levantando a bandeira pela defesa da Amazônia. Denunciando problemas como saúde pública, garimpo, desnutrição e malária ainda presentes na terra indígena Yanomami, a escola de samba pretende conscientizar o público sobre as questões enfrentadas por essas comunidades.
O desfile também homenageará o indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, ambos falecidos em junho de 2022 nas proximidades do município de Atalaia do Norte, no Amazonas.
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