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Caças dos EUA sobrevoam costa venezuelana e chefe da operação de Trump deixa o cargo após ofensiva com 27 mortos

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Caças dos EUA sobrevoam a costa venezuelana em meio a um aumento significativo da tensão militar entre Estados Unidos e Venezuela. A movimentação ocorre após a saída do almirante Alvin Holsey, chefe do Comando Sul das Forças Armadas americanas, responsável pela operação de combate a cartéis de droga no Caribe ordenada pelo presidente Donald Trump.

Segundo informações do The New York Times, Holsey pediu para deixar o cargo nesta quinta-feira (16) após manifestar ressalvas à ofensiva, que já resultou em cinco bombardeios contra barcos e 27 mortos, de acordo com fontes do Pentágono. Atualmente, os EUA mantêm cerca de 10 mil soldados e oito navios de guerra operando na região do Caribe.

Escalada militar e operações aéreas

Na terça-feira (14), helicópteros e caças B-52 dos EUA realizaram voos próximos ao espaço aéreo da Venezuela, em uma demonstração de força. O episódio foi seguido, na quarta-feira (15), pelo anúncio de autorização presidencial para operações da CIA em território venezuelano, ampliando o alcance da política de segurança do governo Trump na região.

O porta-voz do Departamento de Defesa, Pete Hegseth, afirmou em comunicado:

“Em nome do Departamento de Guerra, estendemos nossa mais profunda gratidão ao almirante Alvin Holsey por seus mais de 37 anos de distintos serviços à nação, já que ele planeja se aposentar no final do ano.”

Segundo o New York Times, os elogios públicos esconderam tensões internas no Pentágono e no Capitólio. Fontes próximas afirmam que Holsey discordava da estratégia agressiva adotada contra a Venezuela e que sua saída reflete disputas políticas dentro do alto comando militar americano.

Objetivo de derrubar Maduro gera controvérsias

Autoridades dos Estados Unidos teriam deixado claro que o principal objetivo da operação é retirar Nicolás Maduro do poder. Contudo, juristas e especialistas em direito internacional criticam a legalidade da ofensiva, alegando que o governo Trump não possui autorização do Congresso para o uso da força militar contra cartéis ou para a condução de ações armadas na Venezuela.

Esses especialistas argumentam que, pelo direito internacional, apenas grupos armados organizados com comando centralizado e envolvimento direto em hostilidades podem ser tratados como beligerantes — o que não se aplica a organizações criminosas como os cartéis de drogas.

A saída de Holsey é vista como mais um episódio da recente crise no alto comando militar dos EUA. Ao longo deste ano, mais de uma dúzia de líderes, muitos deles negros e mulheres, foram demitidos ou substituídos. Entre eles estão o general Charles Q. Brown Jr., chefe do Estado-Maior Conjunto, e a almirante Lisa Franchetti, primeira mulher a comandar a Marinha americana.

Operações aéreas e presença militar no Caribe

Conforme o The New York Times, caças dos EUA sobrevoam a costa venezuelana como parte de uma demonstração de força. Na quarta-feira (15), dois bombardeiros B-52 decolaram da Louisiana e voaram por várias horas em espaço aéreo internacional, próximos à costa da Venezuela.

Uma autoridade americana de alto escalão afirmou que o objetivo é “mostrar a capacidade de resposta dos Estados Unidos” diante de ameaças de grupos ligados ao regime de Maduro.

Nos últimos dias, também foi registrada a atuação de helicópteros do 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais do Exército, unidade de elite do Comando de Operações Especiais. Segundo uma fonte ouvida pelo jornal, as missões são treinamentos de rotina e não preparativos diretos para uma ação militar dentro da Venezuela.

Pressão diplomática e riscos de conflito

A escalada das ações militares, com caças dos EUA sobrevoando a costa venezuelana, tem elevado a preocupação de analistas e organismos internacionais. Especialistas alertam que a operação antidrogas de Trump no Caribe pode gerar um incidente diplomático de grandes proporções, caso aviões ou navios americanos entrem no espaço aéreo ou territorial venezuelano.

Até o momento, Washington não confirmou novos ataques, mas fontes do Pentágono afirmam que novas missões estão em avaliação, mantendo a tensão política e militar no limite.

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