Na última quarta-feira (16), a Câmara Municipal de Borba, localizada no estado do Amazonas, decidiu absolver o prefeito afastado Simão Peixoto em um processo de cassação que gerou intensa atenção pública. O gestor enfrentava acusações de liderar uma organização criminosa e estava afastado do cargo. Atualmente, Peixoto responde em liberdade mediante o uso de uma tornozeleira eletrônica.
O processo de cassação teve início em junho deste ano, após as alegações que recaíam sobre Peixoto ganharem destaque durante a Operação Garrote, realizada pelo Ministério Público do Amazonas. As suspeitas apontavam para a suposta participação do prefeito afastado em um esquema de desvio de recursos municipais por meio de processos licitatórios.
A defesa de Simão Peixoto sustentou que não existiam provas concretas contra o acusado e, adicionalmente, levantou a questão da possível falsificação de documentos. O processo de cassação se baseou na análise da quebra de decoro por parte do prefeito, e após avaliação dos fatos, os vereadores optaram por rejeitar o pedido de cassação, declarando-o como arquivado.
No cenário da votação, três vereadores – Pedro Paz (MDB), Edilson Batista (PP) e Tatiana Franco (PTB) – posicionaram-se a favor da cassação do prefeito afastado, argumentando que as evidências apresentadas eram suficientes para respaldar a medida. Por outro lado, os vereadores Cláudio do Zezão (PP), Jeremias da Cruz (Republicanos), Miguel Lima (DEM) e Jacimar Rebelo (Avante) votaram a favor da absolvição de Peixoto, apontando que as provas não eram convincentes o bastante para respaldar a cassação.
Dois vereadores optaram por abster-se na votação: Rodrigo Pantoja (União) e Tadeu Linhares (PV).
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