Os últimos dois dias foram de grande apreensão para a população do Líbano. A explosão de pagers e walkie-talkies, pertencentes, em sua maioria, a integrantes do movimento xiita Hezbollah, deixou pelo menos 21 mortos e 3,1 mil feridos nas últimas 24 horas.
O sul da capital, Beirute e o sul do Líbano foram as áreas mais atingidas. Apenas nesta quarta feira, (18), pelo menos quinze a vinte explosões foram ouvidas nos dois territórios. Os episódios de explosão aconteceram predominantemente com pessoas ligadas ou integrantes do grupo xiita.
Os pagers e walkie-talkies são utilizados pelo Hezbollah para burlar a localização dos dispositivos, o estratagema envolve a ausência de GPS nos aparelhos.
A Defesa Civil libanesa informou que o ataque gerou incêndios em carros, lojas, casas e prédios na região e foi amplificado pelo fato de que os dispositivos envolvidos nos episódios de explosão são distribuídos entre pessoas que organizam multidões em passeatas ou funerais.
Nas redes sociais circulam diversos vídeos de momentos de explosão captado em câmeras.
Ataques inflamam tensões no Oriente Médio
Embora a autoria dos ataques ainda não tenha sido assumida, acredita-se que o Mossad, agência de espionagem de Israel, seja a responsável pela sequência de eventos.
O Hezbollah prometeu retaliar os ataques sofridos nos episódios de explosão dos dispositivos, gerando grande preocupação no Conselho de Segurança das Nações Unidas. A Argélia, único país árabe do conselho, solicitou uma reunião de emergência para discutir a situação. O encontro foi agendado para sexta feira (20).
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