O técnico de iluminação Lunaderson Silva Cruz, que sofreu um acidente durante a 24ª edição do Festival de Ciranda de Manacapuru, em 2022, será indenizado em R$ 70 mil pela produtora de eventos e pelo grêmio recreativo Ciranda Flor Matizada. A decisão foi tomada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11.ª Região (TRT-11) no dia 8 de novembro de 2023.
Acidente na Ciranda de Manacapuru
O incidente ocorreu no dia 28 de agosto de 2022, quando o equipamento, um guindaste utilizado na apresentação de alegorias da ciranda, despencou de uma altura de 10 metros. O guindaste caiu com 24 pessoas, incluindo o trabalhador.
Vívian Ramos da Silva, uma das dançarinas que estavam na alegoria no momento do acidente, faleceu em decorrência dos ferimentos após duas semanas de internação.
Consequências do acidente
Lunaderson Cruz, segundo relato de seus advogados, sofreu múltiplas fraturas e perdeu a memória devido ao impacto da queda. As lesões incluíram fraturas no tronco, costas, costelas pulmonares e a manifestação da síndrome do túnel do carpo.
De acordo com a ação apresentada ao TRT-11, o técnico foi contratado para as noites de apresentações das cirandas e, no dia do acidente, havia recebido uma solicitação para consertar um problema de iluminação no interior da alegoria envolvida no incidente. Para realizar a tarefa, Lunaderson teve que subir no guindaste utilizado pela ciranda, que acabou despencando poucos minutos depois.
Ação trabalhista
Os advogados da vítima argumentaram na ação que, apesar de estar ciente das condições do trabalhador, a empresa não procurou Lunaderson para formalizar seu vínculo na carteira de trabalho e tampouco tomou as medidas necessárias para garantir que ele continuasse recebendo o seguro acidente enquanto se recuperava.
O acordo, homologado pelo juiz do trabalho Marcelo Vieira Camargo, estabelece o pagamento da indenização em 56 parcelas. A primeira, no valor de R$ 16 mil, será seguida por parcelas de R$ 1 mil até junho de 2028. Em caso de descumprimento, está prevista uma multa de 50% sobre o valor líquido da parcela vencida, além de eventuais parcelas a vencer. O acordo busca compensar os danos sofridos pelo técnico e encerrar a disputa de maneira legal e acordada entre as partes envolvidas.
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