sexta-feira, dezembro 5, 2025
36.3 C
Manaus
InícioGeralSaúdeCaso de poliomielite é registrado no Peru

Caso de poliomielite é registrado no Peru

Publicado em

Publicidade

Desde 1989, não há casos registrados no Brasil de poliomielite, doença que pode levar a paralisia infantil.

O Ministério da Saúde alertou para intensificar a vacinação contra poliomielite, principalmente nos municípios do Amazonas mais próximos da fronteira, diante da baixa adesão à vacina no país. O alerta aconteceu após um caso ser registrado em uma criança no Peru.

A nota técnica do Ministério da Saúde esclarece que, a confirmação foi em 22 de março, depois de análises feitas no Brasil pela Fiocruz. É uma criança indígena de um ano e quatro meses que, segundo o governo peruano, os responsáveis optaram por adiar a vacinação.

A criança apresentou febre, tosse e fraqueza, seguida de paralisia nas pernas, no fim ano passado. Ela vive numa comunidade indígena no distrito de Manseriche, no Peru, distante cerca de 500 quilômetros da fronteira com o Brasil.

“Até o momento, não temos nenhum caso identificado no Brasil. Desde 2016, as coberturas vacinais elas estão caindo não só para as vacinas contra a poliomielite e isso coloca o Brasil numa situação de vulnerabilidade muito grande”, disse o diretor do departamento de imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti.

Desde 1989, não há casos registrados no Brasil de poliomielite, doença que pode levar a paralisia infantil. Somente o esquema vacinal completo e com as doses de reforço em dia é possível continuar mantendo o Brasil na lista de países livres da circulação do poliovírus.

O Distrito de Saúde Indígena (Dsei) do Alto Rio Solimões, que cobre sete municípios nessa região, saiu a campo, segundo a responsável de imunização do Dsei, Thayla Galvão.

“A gente está fazendo a intensificação de vacinação e busca ativa dessas crianças que faltam para serem vacinadas”, disse Thayla.

Na porta de casa, a caderneta é checada. Se tem vacina pra tomar, é preciso acompanhar o agente de saúde, como foi o caso do agricultor Daniel Maricaua, que levou a pequena Gabrielle.

“A gente tava tomando café lá em casa, as agentes de saúde chegaram, perguntaram da Gabrielle se ela já tinha tomado vacina e eu disse que não e mandaram a gente vir pra cá, tomar gotinha”, contou o agricultor.

Para chegar a outras aldeias só de barco. O período de cheia na região facilita o acesso. Ainda assim, de Tabatinga até a comunidade Belém do Solimões, são duas horas de lancha rápida.

Na comunidade, vivem mais de 10 mil indígenas das etnias Tikuna e Kokama. Giovana Marcelino, da etnia Tikuna, tem filhas na faixa etária para receber a vacina da poliomielite e alertou para a importância para a vacinação.

Últimas Notícias

Madeira ilegal no Amazonas representa 62% da extração no estado

A extração de madeira ilegal atingiu proporções alarmantes no Amazonas. De acordo com um...

Policial é preso com R$ 2,5 milhões em shopping de Manaus

Agente da Casa Militar e outros dois suspeitos foram detidos pela Polícia Federal na...

Caso Marielle: STF marca julgamento dos réus para fevereiro

Ministro Flávio Dino agendou as sessões da Primeira Turma para os dias 24 e...

Mulher é presa em Manaus suspeita de falsos implantes dentários

Uma mulher identificada como Gleyza Vasconcelos de Oliveira, de 42 anos, foi detida em...

Mais como este

Madeira ilegal no Amazonas representa 62% da extração no estado

A extração de madeira ilegal atingiu proporções alarmantes no Amazonas. De acordo com um...

Policial é preso com R$ 2,5 milhões em shopping de Manaus

Agente da Casa Militar e outros dois suspeitos foram detidos pela Polícia Federal na...

Caso Marielle: STF marca julgamento dos réus para fevereiro

Ministro Flávio Dino agendou as sessões da Primeira Turma para os dias 24 e...