O Prêmio Nobel Verde, também conhecido como Prêmio United Earth Amazônia, celebra iniciativas na região que contribuem para a conservação da floresta e a melhoria da qualidade de vida dos habitantes da Amazônia. Pelo segundo ano consecutivo, em 2024, o evento será realizado em Manaus, considerada a “capital” da Amazônia.
A ideia para a premiação surgiu da organização internacional United Earth, liderada por Marcus Nobel, descendente de Alfred Nobel, fundador do mundialmente reconhecido Prêmio Nobel. O objetivo da organização é tornar o evento um ponto de encontro para esforços, recursos e programas visando um futuro coletivo e sustentável para o planeta.
Anualmente, a premiação reconhece projetos em duas categorias: artes e ações ESG (Environmental, Social, Governance), impulsionando a sustentabilidade ambiental, social e de governança na região amazônica.
Indicações para o Nobel Verde
No Prêmio Nobel Verde, semelhante ao processo do Nobel da Paz, não há um sistema de inscrição aberto para as pessoas concorrerem. Em vez disso, as nomeações são feitas por líderes comunitários e influenciadores.
O comitê responsável pelo prêmio realiza uma avaliação minuciosa de cada projeto indicado para determinar os vencedores. Essa avaliação leva em consideração o impacto de cada iniciativa e sua relevância para a sustentabilidade da Amazônia.

O comitê organizador ainda não definiu as datas e prazos para a seleção dos projetos a serem indicados para a segunda edição do Prêmio United Earth Amazônia.
1ª edição no coração da Amazônia
A primeira edição do Nobel Verde ocorreu em fevereiro deste ano, no Teatro Amazonas, em Manaus. Segundo Rubenson Chaves, representante institucional da LCTM BrandBuilder e da United Earth na Amazônia, a escolha da cidade como sede se deu por ser a ‘Capital da Amazônia’, um símbolo para todos aqueles que defendem a preservação da floresta.
Na área de Artes e Música, em 2023, foram premiados os cantores Roberto Carlos e Erasmo Carlos (falecido em novembro de 2022) pela composição da música “Amazônia”, que retrata os danos causados à floresta em seus versos. Na área de ESG, foram premiados seis projetos:
- Braziliando, projeto que desenvolveu a integração entre turistas e os povos tradicionais da Amazônia por meio da inovação em tecnologia de turismo de base comunitária;
- Projeto Pamine – Renascer da Floresta, desenvolvido pela comunidade indígena Paiter Suruí para devolver à floresta o que dela for retirado;
- Rede Mulheres do Maranhão, projeto que promove a inclusão social e econômica por meio do empoderamento das mulheres para o empreendedorismo a partir do cultivo e subprodutos do babaçu;
- Sakaguchi Agroflorestal, projeto de aprimoramento e disseminação do agroflorestal gerando desenvolvimento social e econômico da comunidade de imigrantes japoneses e da região;
- Sataré-Mawé, projeto de Eco-Etnodesenvolvimento que busca a independência econômica por meio da bioeconomia sustentável do guaraná pelas comunidades do Amazonas;
- Vaga-Lume, na área Educacional, desenvolvido para atender as crianças das comunidades rurais da Amazônia
Manaus receberá, ainda no segundo semestre de 2023, a instalação da escultura que representa o Prêmio, doada à cidade de Manaus, simbolizando o Nobel Verde, que será colocada na praia da Ponta Negra.
A escultura, criada pelo artista brasileiro Darlan Rosa, foi baseada nos seis pilares da United Earth – fauna, flora, ar, água, recursos naturais e humanidade –, todos integrados e com os valores éticos da família Nobel, com a missão de unir os povos e as nações em prol de um futuro mais sustentável. Propõe-se que a escultura, feita de aço inoxidável com liga especial, um material reciclável infinitamente, seja iluminada internamente por painéis solares.
A próxima edição, prevista para ocorrer em 2024, deverá ter Manaus novamente como palco dessa premiação.
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Explicando: Prêmio United Earth Amazônia
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