O governo venezuelano denunciou a presença de um navio de guerra dos Estados Unidos no Caribe, classificando a movimentação como uma ação provocativa e uma ameaça à estabilidade da região.
O alerta foi emitido após a chegada do destróier USS Gravely a Trinidad e Tobago, país localizado a poucos quilômetros do litoral da Venezuela. A embarcação participa de exercícios militares conjuntos com as forças locais,operação que, segundo Caracas, representa um risco à “paz regional”.
A manobra ocorre em meio à crescente pressão norte-americana sobre o governo de Nicolás Maduro. Nos últimos meses, os Estados Unidos intensificaram suas ações militares no Caribe, incluindo ataques aéreos contra alvos ligados ao tráfico de drogas. O presidente Donald Trump acusa o regime venezuelano de envolvimento em atividades ilícitas e avalia ampliar a presença de tropas na área.
Em comunicado oficial, o governo venezuelano afirmou que a movimentação faz parte de uma “estratégia de desestabilização” e informou ter detido um grupo supostamente ligado à CIA. Caracas também sugeriu que Washington poderia preparar um “ataque de falsa bandeira” para justificar uma intervenção.
Já o governo de Trinidad e Tobago minimizou as críticas e declarou que o treinamento tem como objetivo reforçar a segurança marítima e o combate ao crime transnacional, ressaltando a relação de cooperação entre os dois países caribenhos.
Durante viagem oficial à Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o episódio e se colocou à disposição para intermediar o diálogo entre Caracas e Washington. “O Brasil pode ajudar a manter a América do Sul como uma zona de paz”, afirmou.
*Com informações do Estadão
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