Uma coalizão global sem precedentes está pedindo a proibição da superinteligência, a forma mais avançada de inteligência artificial (IA) que poderia, por definição, superar os humanos em praticamente todas as tarefas cognitivas. Publicado pelo Future of Life Institute, um influente centro de pesquisa sem fins lucrativos, um novo manifesto reúne assinaturas de líderes religiosos, pioneiros da IA, políticos de espectros opostos e figuras públicas, todos unidos por uma preocupação comum: a corrida desenfreada para criar uma tecnologia que ninguém sabe como controlar.
As vozes do alerta: De executivos a acadêmicos
O documento é reforçado por testemunhos de especialistas que estão na linha de frente da tecnologia e da política. Mark Beall, ex-diretor de Estratégia e Política de IA do Departamento de Defesa dos EUA, adverte: “A superinteligência sem as devidas salvaguardas pode ser a expressão máxima da arrogância humana — poder sem restrição moral”.
Stuart Russell, professor de Ciência da Computação na Universidade de Berkeley e um dos pioneiros da IA, esclarece que o objetivo não é paralisar o progresso. “Isto não é uma proibição. É simplesmente uma proposta para exigir medidas quanto a uma tecnologia que pode causar a extinção humana. É pedir muito?”, questiona ele no documento.
- Pioneiros da IA: Geoffrey Hinton e Yoshua Bengio, considerados “padrinhos da IA”.
- Ícones da Tecnologia: Steve Wozniak, cofundador da Apple.
- Figuras Públicas Globais: Príncipe Harry e Meghan Markle, o Duque e a Duquesa de Sussex.
- Artistas e Celebridades: O músico will.i.am, o ator Joseph Gordon-Levitt e o escritor Stephen Fry.
- Aliados Políticos Improváveis: Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, e Susan Rice, ex-Conselheira de Segurança Nacional de Barack Obama.
Essa aliança improvável sinaliza que o debate deixou de ser um nicho de “nerds contra nerds”, como afirmou o presidente do Future of Life Institute, Max Tegmark, para se tornar uma preocupação global e popular. O manifesto reflete uma crescente desconfiança pública em relação à autorregulação das grandes empresas de tecnologia, que continuam a avançar em uma corrida de bilhões de dólares, apesar dos alertas de seus próprios criadores. A questão que permanece é se essa pressão unificada será suficiente para impor freios a uma revolução tecnológica já em andamento.
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