A China Nonferrous Trade (CNT) adquiriu, por aproximadamente R$ 2 bilhões, a reserva de urânio de Pitinga, localizada em Presidente Figueiredo, Amazonas. Essa é a maior reserva de urânio do Brasil, rica também em minerais estratégicos como nióbio, tântalo, estanho e tório, fundamentais para indústrias de alta tecnologia.
Venda formalizada pela Taboca
A mineradora Taboca, controlada pela peruana Minsur S.A., anunciou a transferência de 100% das ações à CNT. A aquisição coloca em evidência o crescente controle estrangeiro sobre recursos estratégicos brasileiros.
Reações e preocupações
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou a transação, alertando para o impacto na soberania nacional e levantando suspeitas de favorecimento ao governo chinês. Ele destacou o uso potencial desses recursos na indústria bélica e nuclear, apontando a falta de barreiras impostas a empresas estrangeiras na Amazônia.
A importância estratégica de Pitinga
A reserva abriga minerais usados na produção de turbinas, foguetes, baterias e satélites, com destaque para o nióbio, essencial em ligas super-resistentes e no setor aeroespacial. A aquisição ressalta a relevância estratégica de Pitinga no cenário internacional.
ERRATA (29/11/2024): O que foi vendido aos chineses foi a empresa Mineração Taboca, que produz estanho na Mina de Pitinga. A área em que a empresa atua também contém resíduos de urânio, mas o urânio que existe nessa jazida vai para o rejeito, segundo a Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia responsável pela exploração de minas de urânio no Brasil.
*Com informações de O Globo
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