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UEA propõe ferramenta para simplificar acesso à legislação da ZFM

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Um projeto em desenvolvimento na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) propõe a criação de um chatbot — IA capaz de manter uma conversa com o usuário, como o ChatGPT — que simplifica o acesso à legislação da Zona Franca de Manaus.

Como funcionaria

O chat inteligente funcionaria 24 horas por dia e agilizaria processos burocráticos, conectando empresas e o público em geral. O projeto está sendo elaborado por meio do Laboratório de Sistemas Embarcados (LSE-HUB), com o objetivo de aproximar ainda mais a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) da sociedade.

Por meio de IA, o Chat Suframa envolve a utilização de diversas fontes de dados, como normativos, portarias, manuais técnicos e conteúdos disponíveis no site oficial do órgão. Documentos em PDF e páginas específicas da internet foram extraídos e organizados para compor a base de conhecimento do assistente virtual.

Gráfico de conhecimento

O desenvolvimento também incorporou a tecnologia de Knowledge Graph (gráfico de conhecimento), um modelo avançado de estruturação de dados que permite ao chatbot entender relações entre conceitos, normas e termos técnicos de forma contextualizada.

Isso garante que as respostas geradas sejam mais precisas e alinhadas ao conteúdo jurídico e institucional, favorecendo a interpretação correta das perguntas dos usuários.

A partir desse banco de dados robusto, o chatbot é capaz de responder a diferentes tipos de perguntas feitas por usuários. Todas as respostas geradas são fundamentadas, exclusivamente, nas informações previamente coletadas, garantindo confiabilidade e alinhamento com a legislação vigente.

A ferramenta atua como um facilitador, oferecendo respostas objetivas e orientações iniciais com base no conteúdo legal já existente, de forma prática e intuitiva.

Tecnologia a serviço da informação pública

A ideia surgiu a partir da observação de uma dificuldade recorrente enfrentada pelo público ao buscar informações sobre a atuação da Suframa. Grande parte das respostas buscadas por cidadãos está disponível na legislação publicada no próprio site da autarquia.

No entanto, o volume e a complexidade dos documentos tornam essa busca pouco acessível para quem não está familiarizado com o tema. Foi a partir desse cenário que surgiu a proposta de criar um chatbot como porta de entrada para o atendimento ao público.

Trata-se de uma ferramenta generativa, capaz de se adaptar ao contexto apresentado pelo usuário. Um exemplo prático é a pergunta: “Uma empresa de São Paulo importou um produto, eu estou aqui em Manaus e quero comprar dessa empresa. Quais impostos eu devo pagar?”

Diante de uma questão como essa, o assistente virtual é capaz de interpretar todos os elementos envolvidos e fornecer uma resposta completa e contextualizada. Além disso, o chatbot indica as fontes utilizadas para fundamentar cada resposta, assegurando transparência e confiabilidade nas informações apresentadas.

Resultados pela UEA

Segundo o Prof. Dr. Gustavo Aquino, um dos líderes de Inteligência Artificial do LSE-HUB, o projeto foi apresentado à equipe da Suframa pelo Prof. Dr. Leandro Okimoto e obteve uma reação muito positiva:

“Eles ficaram bem impressionados com o que conseguimos alcançar, especialmente considerando o tempo que tivemos para desenvolver o projeto. Facilmente, esse seria um trabalho de muitos meses – ou até de um ano – para atingir o nível de maturidade que já conseguimos demonstrar, a ponto de estar pronto para ser disponibilizado na internet. Durante a apresentação, os usuários fizeram perguntas que jamais imaginávamos. Eram questões muito técnicas, fora do nosso domínio direto e, mesmo assim, o chatbot respondeu de forma assertiva. Isso reforçou ainda mais a confiança no potencial da ferramenta”, disse.

Para o coordenador-geral do LSE, Prof. Dr. Fábio Cardoso, o projeto é um exemplo concreto de que é possível unir universidade, setor público e setor privado na busca por soluções:

“Com as empresas do polo industrial, já construímos certa maturidade nessa relação. Mas também precisamos criar essas experiências com o setor público – como é o caso dessa parceria com a Suframa. Trouxemos a autarquia para dentro da universidade para que ela pudesse conhecer a nossa capacidade técnica. Essa primeira experiência é importante para mostrar que é possível construir algo útil e real”, finalizou.

*Com informações de assessoria

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