Com a pior seca nos últimos 121 anos, o Rio Negro atingiu, nesta segunda (23), novo recorde da vazante, com o nível da água em 12,89 metros. O dado é do Porto de Manaus, que realiza a medição diariamente. É a primeira vez, em 121 anos de medição, que o nível das águas chega à casa dos 12 metros.
Segundo especialistas, a estiagem já encerrou na calha do Rio Solimões, no entanto, o Rio Negro depende da subida das águas no Peru e na tríplice fronteira, onde está situada a cidade de Tabatinga. O pico da estiagem também é influenciado pelas chuvas, ao longo da bacia, o que ainda não ocorreu.
Consequências da seca
A estiagem tem afetado diversas comunidades, nos municípios do Amazonas. No último registro, 59 cidades estavam em situação de emergência e 01 em estado de alerta.
Na Calha do Alto Solimões, os mais afetados são: Amaturá, Atalaia do Norte e Benjamin Constant. No Médio Solimões, Alvarães e Coari. Baixo Solimões: Anamã e Anori.
Já o Médio Amazonas, tem-se Autazes e Itacoatiara. Baixo Amazonas, Barreirinha e Boa Vista do Ramos. Juruá com Carauari e Eirunepé.
Na calha do Purus, Canutama, e Beruri. Na calha do Madeira, Apuí e Borba. Na Calha do Negro, São Gabriel da Cachoeira, que enfrenta racionamento de energia, encarecimento de alimentos e desabastecimento, Barcelos e Manaus.
No Polo Industrial do Amazonas, mais de 15 mil metalúrgicas terão antecipação de férias, pela falta de material.
O número de pessoas afetadas já passou de 630 mil.
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