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Jimmy Cliff morre aos 81 anos e deixa legado eterno no reggae

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O mundo da música amanheceu mais silencioso e menos vibrante nesta segunda-feira (24). Jimmy Cliff, uma das vozes mais emblemáticas e pioneiras da história do reggae, faleceu aos 81 anos. A confirmação veio por meio de um comunicado oficial divulgado por sua esposa, Latifa, nas redes sociais do artista. A notícia reverbera não apenas na Jamaica, sua terra natal, mas em todo o globo, especialmente no Brasil, país que o acolheu como um de seus filhos mais ilustres ao longo de décadas de uma carreira brilhante.

Segundo a nota divulgada pela família, a causa da morte foi uma pneumonia. O artista, que vinha enfrentando problemas de saúde, não resistiu às complicações da doença. Em palavras carregadas de emoção, Latifa compartilhou a dor da perda com o público:

“É com profunda tristeza que compartilho que meu marido, Jimmy Cliff, morreu devido a uma pneumonia. Agradeço à família, amigos, colegas artistas e colaboradores que compartilharam esta jornada com ele”.

A declaração da esposa de Cliff também serviu como um agradecimento direto à base de fãs que sustentou a trajetória do músico por mais de meio século.

“Para seus fãs ao redor do mundo, por favor saibam que seu apoio era a força dele ao longo de toda a carreira. Ele realmente adorava o amor de cada um de seus fãs”, escreveu Latifa.

Ela também estendeu sua gratidão à equipe médica responsável pelos cuidados do marido nos seus últimos dias.

Respeitando o momento de dor, a família solicitou discrição. “Jimmy, meu querido, descanse em paz. Seguirei seus desejos. Espero que vocês respeitem nossa privacidade neste momento difícil. Daremos mais notícias mais adiante”, finalizou o comunicado, indicando que informações sobre velório e sepultamento devem ser divulgadas oportunamente.

O pioneiro que levou a Jamaica para o mundo

Considerado uma verdadeira lenda e um dos arquitetos da internacionalização do reggae, Jimmy Cliff foi fundamental para que o gênero ultrapassasse as fronteiras da ilha caribenha e conquistasse o mainstream. Sua carreira, iniciada oficialmente em 1967 com o álbum Hard Road to Travel, é marcada por uma consistência artística rara.

Ao longo das décadas, Cliff não apenas lançou dezenas de álbuns e singles que definiram gerações, mas também foi reconhecido pela crítica especializada. Sua excelência foi coroada com o prêmio Grammy em duas ocasiões distintas, demonstrando sua relevância contínua: primeiro com o disco Cliff Hanger, em 1985, e novamente em 2012, com o aclamado álbum Rebirth. Seu último trabalho de estúdio, o disco Refugees, foi lançado recentemente em 2022, provando que sua veia criativa permaneceu pulsante até os últimos anos.

Entre os sucessos que se tornaram hinos globais estão faixas como “Reggae Night”, que incendiou pistas de dança em todo o mundo; “Rebel in Me”, uma balada que mostrou sua versatilidade vocal; “We All Are One”, com sua mensagem de união; além das imortais “Many Rivers to Cross” e “I Can See Clearly Now”. Estas canções não são apenas registros fonográficos, mas parte da trilha sonora da vida de milhões de pessoas.

Jimmy Cliff e o Brasil: Um amor correspondido

A relação de Jimmy Cliff com o Brasil transcende a de um artista internacional comum com seu público. Há um laço afetivo e histórico que remonta a 1968, quando o jamaicano participou do histórico Festival Internacional da Canção (FIC), no Rio de Janeiro. Aquele momento selou um pacto de admiração mútua que faria o cantor retornar ao país inúmeras vezes.

O Brasil se tornou, de fato, uma segunda casa para o astro. Ele realizou turnês memoráveis em 1984, 1990, 1993 e 1998, sempre arrastando multidões apaixonadas pelo seu carisma e pela energia contagiante de seu reggae. A conexão foi tão profunda que Cliff chegou a residir no país, dividindo seu tempo entre o Rio de Janeiro e Salvador, cidades onde absorveu a cultura local e influenciou diversos artistas brasileiros. Sua partida deixa uma lacuna insubstituível no coração dos fãs brasileiros, que sempre o consideraram “de casa”.

O legado de Jimmy Cliff permanece vivo, não apenas nos discos e prêmios, mas na mensagem de paz, resistência e amor que ele propagou através de sua arte.+

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