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Atletas indígenas representam AM no tiro com arco

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Dois indígenas representam o Amazonas em competições de tiro com arco, Graziela Santos e Gustavo dos Santos, originários do povo Karapanã, da Comunidade Nova Kuanã, localizada às margens do Rio Cuieiras, zona rural de Manaus.

Graziela, também chamada de Yaci, que significa Lua, iniciou a carreira em 2013 e Gustavo, que possui o nome indígena Ywytu, que significa vento, em 2014, quando passaram a integrar o projeto de Arquearia Indígena da Fundação Amazônia Sustentável (FAS).

Graziela Santos

A iniciativa da FAS era um projeto pioneiro voltado aos povos indígenas. A ação inclusiva visava levar um atleta indígena para as Olimpíadas Rio 2016. Graziela foi a única menina entre os 12 jovens selecionados pelo projeto.

Fomos para Manaus fazer a transição do arco nativo para o arco olímpico. Em 2014, fomos morar na Vila Olímpica, para sermos atletas e fazer faculdade. O projeto queria que a gente estudasse, para que tivéssemos uma profissão quando encerrássemos a vida de atleta. Consegui uma bolsa para cursar Ciências Contábeis e comecei a treinar tiro com arco e fazer faculdade junto“, recordou Graziela.

Graziela conquistou sua primeira medalha de bronze no individual feminino no campeonato brasileiro de base, em 2014. Ficou em terceiro lugar em sua categoria em 2015, além de prata na categoria de dupla mista ao lado do parceiro de equipe, Nelson Moraes. A dupla foi campeã na categoria, no Campeonato Brasileiro de Tiro com Arco, em 2016.

Em 2018, se tornou a primeira mulher indígena a integrar a seleção brasileira e representar o País nos Jogos Sul-Americanos e conquistou o ouro no individual feminino e por equipe.

Em 2019, ganhou medalha de prata no Grand Prix do México, e chegou até os Jogos Pan-americanos de Lima, no Peru. O pioneirismo de Graziela no tiro com arco é importante para inspirar outros jovens indígenas a ingressarem no esporte.

“Sinto que sou uma representante que está abrindo caminhos para os povos indígenas e para jovens que desejam estar no meio do esporte ou em qualquer outra área. Todo ser humano é capaz, resiliente e pode se aperfeiçoar ao longo da caminhada. Eu sou um exemplo que mostra aos jovens indígenas que podemos conquistar nossos objetivos com coragem e dedicação”, afirma.

Gustavo dos Santos

Gustavo dos Santos faz parte do Projeto Amazonas nas Olimpíadas de Paris 2024 e segue uma rotina intensa de preparação para conquistar uma vaga no próximo ciclo olímpico. Com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar), o arqueiro carrega na bagagem vários títulos nacionais e internacionais que marcam sua trajetória na modalidade

Hoje, com 26 anos, o arqueiro já foi medalhista no Campeonato Brasileiro 2018, medalhista de prata nos Jogos Sul-Americanos 2018, na Bolívia, e conquistou o 4º lugar na classificatória para as Olimpíadas de Tóquio.

“Hoje o meu maior objetivo como atleta de alto rendimento é representar o Brasil dentro de uma Olimpíada, e venho me dedicando muito para realizar esse sonho”, ressaltou.

O amazonense estará participando da Seletiva para o Pan-Americano que acontece em maio, no Rio de Janeiro, e que vale vaga para o Campeonato Mundial da modalidade, com etapas na Colômbia e Paris, em junho e julho. Além da competição nacional em dezembro, em Maricá (RJ), onde os três melhores no ranking irão compor a Seleção Olímpica Brasileira de Tiro com Arco.

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