A CPI das Criptomoedas está investigando o envolvimento das celebridades com empresas de pirâmides financeiras que cometeram crimes contra a economia popular brasileira. Esses esquemas são caracterizados por um modelo de negócio fraudulento que envolve o recrutamento de pessoas com promessa de grandes lucros, enquadradas como fraude de acordo com a Lei 1.521/51.
Extremamente ativa, a CPI das Criptomoedas ganhou notoriedade ao envolver nomes famosos como Tatá Werneck, Marcelo Tas, Cauã Reymond, Ronaldinho Gaúcho e Guilherme Haddad, sobrinho do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Cada nome está envolvido com a CPI por motivos específicos. As celebridades também foram vítimas dos golpes, estão sendo investigados por sua atuação em peças publicitárias para as empresas fraudulentas e estão sendo convocadas para prestar esclarecimentos a respeito de sua participação nos esquemas bilionários.
Entenda o envolvimento das celebridades caso a caso
Tatá Werneck, Marcelo Tas e Cauã Reymond são investigados por terem atuado em peças publicitárias para a empresa Atlas Quantum, acusada de aplicar um golpe de 7 bilhões em cerca de 200 mil investidores. A CPI determinou a quebra do sigilo bancário após o não comparecimento dos três às suas respectivas sessões de depoimento com o objetivo de compreender se houve participação dos famosos nas atividades fraudulentas do esquema bilionário. As peças publicitárias ainda estão disponíveis no facebook da empresa.
Ronaldinho Gaúcho, por sua vez, foi obrigado a comparecer à CPI e depor a respeito de sua ligação com a 18k Ronaldinho após faltar a duas convocações. Ouvido como testemunha, o jogador negou a propriedade da empresa e afirmou que sua imagem foi utilizada sem permissão. Quando questionado sobre seu silêncio mediante ao uso inapropriado de sua imagem, o jogador optou por utilizar seu direito de permanecer em silêncio.
Sasha Meneghel é vítima do esquema fraudulento que envolvia a empresa Rental Coins e de acordo com sua assessoria, perdeu cerca de 1,2 milhões de reais no esquema aplicado por Francisley Valdevino da Silva, o “Sheik das Criptomoedas”, que também foi ouvido pela comissão.
Guilherme Haddad, sobrinho do Ministro da Fazenda, é o diretor-geral da Binance no Brasil deverá ser ouvido na próxima quinta (14) a respeito das operações da fintech que está sob acusação de sonegação de impostos e lesão de investidores em operações de bitcoins.
CPI tenta recuperar os ativos das vítimas dos golpes bilionários
O presidente da CPI das Criptomoedas, o deputado Aureo Ribeiro (SDD-RJ) explica a importância do depoimento das celebridades e da quebra dos sigilos bancários para o rastreamento dos ativos. “As pirâmides se utilizam de pessoas famosas para dar credibilidade ao que propagam. A importância dos depoimentos de pessoas que participaram do marketing dessas pirâmides é saber quem estava por trás das empresas e tentar recuperar os ativos”, justifica o deputado.
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