O Banco Central (BC) anunciou, na última segunda feira (07/08), o nome da moeda digital brasileira que será utilizada para serviços financeiros no atacado: o Drex.
A plataforma da versão virtual do real está em teste desde março e o objetivo é ampliar as possibilidades de negócios para estimular a inclusão digital financeira em um ambiente seguro que minimiza chances de fraudes.
As primeiras operações simuladas das transferências online estão previstas para setembro e o sistema operacional é similar ao do Pix, o usuário vai converter reais em Drex e para movimentar grandes remessas de dinheiro. Até março de 2024, os testes serão realizados utilizando transações (como emissão, negociação, transferência e resgate) e clientes simulados.
Drex é real digital ou criptomoeda?
O Drex nada mais é do que uma versão eletrônica do papel moeda e utiliza a tecnologia blockchain para lastro, assim como as criptomoedas. Cada R$ 1 equivalerá a 1 Drex e o valor monetário da moeda digital será garantido pela criptografia dos blocos de informação que já estão em prática no mercado financeiro.
O real digital é classificado como uma Moeda Digital de Banco Central (em inglês Central Bank Digital Currency – CBDC) e, por isso, segue a taxa diária de câmbio que é determinada pelas políticas econômicas de cada país. Na prática, a taxa de câmbio só é diferente para operações internacionais. Dentro do Brasil, o real digital, o Drex, seguirá a proporção de 1 para 1, valendo o mesmo que o papel-moeda e será produzido apenas pelo Banco Central.
Diferença entre Drex e Pix
A principal diferença entre as duas formas de pagamento consiste na característica principal das transações: o pix ocorre em reais, obedecendo a política de limites de segurança do Banco Central e o Drex permite a movimentação de quantias maiores pois utiliza a tecnologia blockchain que só pode ser utilizada com moedas digitais.
Como funciona o Drex?
O usuário da moeda digital deposita a quantia em reais em uma carteira virtual (supervisionada pelo Banco Central) que converte a moeda física em Drex com paridade de valor, R$ 1 para 1 Drex. Após a conversão, a transferência em Drex acontece através do blockchain. O receptor do Drex pode optar por continuar movimentando a quantia em moeda digital, através de carteiras virtuais, ou converter a moeda digital em moeda real para saque ou pix.
Por se tratar de uma moeda digital, o Drex só existe em transações de atacado entre instituições financeiras. O consumidor não pode sacá-lo como papel-moeda ou movimentá-lo como moeda real fora das carteiras virtuais fiscalizadas pelo Banco Central.
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