O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) denunciou nesta quarta-feira (1), durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que o complexo hospitalar da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Maternidade do município de Tabatinga está desde dezembro sem pagar 110 funcionários.
De acordo com o parlamentar, a UPA está “abandonada”. As denúncias revelam que a gestão da unidade também diminuiu os leitos de maternidade, prejudicando as mulheres grávidas do município.
“Vim fazer um apelo ao atendimento que não é humanitário às mamães de Tabatinga”, disse Wilker Barreto na tribuna da Aleam.
Recomendações do MPF
Em setembro de 2022, o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) recomendaram medidas de melhoria de infraestrutura, adequação de profissionais e fiscalização na Maternidade Celina Villacrez Ruiz.
A recomendação fez parte das ações do Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Obstétrica no município e foi expedida após visita realizada à unidade de saúde por integrantes das duas instituições, em 15 de setembro de 2022.
Entre as recomendações, estavam:
- recuperação das condições de uso da sala das parturientes indígenas, que deve ter também os procedimentos, os profissionais de saúde e os tradutores adequados a estes povos;
- o restabelecimento do pleno funcionamento da usina de oxigênio da maternidade;
- a manutenção corretiva necessária, incluindo reparo de portas quebradas, conserto/instalação de aparelhos de ar condicionado e de exaustores, além da disponibilização de camas obstétricas e instalações privativas para o trabalho de parto;
- adoção de providências para assegurar o número mínimo de profissionais de saúde para atendimento especializado na maternidade
A Gazeta da Amazônia solicitou posicionamento da Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas e aguarda retorno.