Estamos, enfim, em setembro. Nesse mês, é comum ouvirmos falar em “setembro amarelo”. Mas de onde veio a expressão? Por que justamente no mês de setembro, ano após ano, passamos a ver a famosa fitinha amarela por toda a parte?
Tudo começou em 2003. A Organização Mundial da Saúde estabeleceu como Dia Mundial de Prevenção do Suicídio a data de 10 de setembro. Anos mais tarde, em 2015, foi criada a campanha “Setembro Amarelo” com a finalidade de prevenção e conscientização contra o suicídio no Brasil. Sim, a campanha só existe em nosso país, embora a fitinha amarela tenha surgido nos Estados Unidos, levada pelos amigos de Mike Emme, que tirou a própria vida aos 17 anos, ao seu funeral quando foram se despedir dele. Cada fitinha amarela – da cor do carro de Mike – naquela ocasião continha a mensagem: “Se precisar, peça ajuda”, atitude que se irradiou mundialmente, embora o Brasil seja o único país no mundo que dedica um mês inteiro à causa.
Dados do Anuário de Segurança Pública de 2022 apontam uma média de 32 pessoas tiram a vida por dia em nosso país. Nesse mês, é mais do que necessário ficarmos atentos aos sinais de quem vem passando por alguma doença mental como a depressão e outros transtornos associados. A doença, carregada de estigmas e preconceitos que precisam ser superados, se instala silenciosamente e nem sempre quem precisa de ajuda pede apoio emocional.
Que tenhamos a sensibilidade de perceber o outro ao lado de nós e de sinalizar a necessidade de receber ajuda quando for o caso. Profissionais capacitados podem ajudar com a sensação de que nada na vida tem solução. Existe suporte e tratamento para esse tipo de situação. Nesse mês – e nos demais também, diga-se de passagem –, é tempo de valorizar a vida. A sua e a de quem está ao seu lado.
*O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio e atende de forma voluntária quem quiser conversar. Se necessário, disque 188.
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