“Não há hipótese de se repetir o 8 de janeiro”, afirmou Ricardo Cappelli ,Ministro da Justiça em exercício, durante o evento de assinatura do protocolo de segurança para o ato pela democracia convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ato democrático acontecerá na próxima segunda (8), após um ano dos atos golpistas que marcaram a história do Brasil.
A celebração democrática é um marco referente ao fatídico dia em que seguidores de Jair Bolsonaro invadiram as ruas de Brasília depredando edifícios e monumentos da Praça dos Três Poderes em uma tentativa de instaurar o caos, atrair o apoio das Forças Armadas e anular o resultado da eleição de 2022.
O documento foi assinado entre Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)e Governo do Distrito Federal, diante de Ricardo Cappelli, Tadeu Alencar, o Secretário Nacional de Segurança Pública e Celina Leão (PT), governadora do Distrito Federal. O protocolo define o planejamento e as prioridades de atuação de cada órgão durante o ato democrático. A Polícia Militar do DF e o Supremo Tribunal Federal irão fechar o perímetro da Praça dos Três Poderes (cenário do ataque) permitindo o acesso apenas de pessoas e veículos autorizados. Além disso, tropas especializadas estarão à disposição para organizarem linhas de revista em caso de necessidade. A região contará também com o monitoramento de imagens de câmeras, drones e informações enviadas ao Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob).
“A reação da sociedade e dos poderes foi muito forte e estabeleceu um limite muito claro. A união dos poderes no dia seguinte, atravessando a Praça dos Três Poderes, deixou claro que não existe nada, não existe diferença política que se sobreponha à Constituição Federal”, declarou o ministro da justiça em exercício.
8 de janeiro e a tentativa de golpe de estado
A tarde do domingo de 8 de janeiro de 2023 marcou para sempre a história do país. Os brasileiros assistiam a invasão e depredação da Praça dos Três Poderes sem entender o que viam: uma tentativa de golpe de estado. A invasão foi o ápice de eventos encadeados em série, desde a divulgação do resultado das eleições de 2022, onde o candidato e até então presidente Jair Bolsonaro não alcançou a reeleição, o primeiro presidente em exercício a não se reeleger desde as eleições democráticas após a queda da ditadura.
Os inquéritos policiais citam os acampamentos, bloqueio de rodovias, derrubada de linhas de transmissão de energia e os discursos pró-golpe de Estado como os precursores da desastrosa manifestação ocorrida no 8 de janeiro.
66 manifestantes do 8 de janeiro seguem presos
As penas para os manifestantes detidos variam entre três anos no regime aberto a 17 anos de prisão em regime inicialmente fechado. Ao todo foram 30 condenações, oito expedidas pelo Supremo Tribunal Federal.
Embora mais de dois mil manifestantes tenham sido presos entre os dias 8 e 9 de janeiro, a maioria foi liberada por se tratarem de idosos, mães de crianças menores, entre outras razões.
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