A história e representatividade do Boi Caprichoso é contada no livro “Caprichoso: uma História em Quadrinhos” que recebeu o 9º Prêmio ABEU 2023, em novembro. Confira!
Exploração do Universo do Boi Caprichoso
O Boi Caprichoso foi fundado em 1913 pelas famílias nordestinas, Cid e Gonzaga. A brincadeira nasceu nos quintais de casa e logo ganhou as ruas de Parintins e em desafios ao boi Garantido.
O boi azulado cresceu e conquistou moradores e trabalhadores do bairro da Francesa, em Parintins. Em 1966, ocorreu o primeiro festival folclórico no município, onde os dois bois foram convidados.
História e Representatividade do Boi Bumbá
De lá para cá, o boi Caprichoso traz em suas toadas e narrativas, a história e representatividade do povo parintinense, dos índios e amazônidas, como a toada “Tribos Brasil”, composta por Carlos Kaita e outros:
“Tenho a cara pintada, a alma azulada, de um povo aguerrido, de um povo valente, de um povo guerreiro, de um povo brasil”
Ao longo dos anos, ambos os bois revolucionaram a apresentação do Festival Folclórico de Parintins, com lendas da Amazônia e com a presença dos itens, que figuram: pajés, cunhã-porangas, amo do boi, sinhazinha da fazenda, etc.
Detalhes e Reconhecimento do Livro Premiado
Toda essa história e representatividade é contada no livro “Caprichoso: uma História em Quadrinhos” que recebeu, em novembro (17/11), o 9º Prêmio ABEU 2023, promovido pela Associação Brasileira de Editoras Universitárias, em São Paulo. Esta premiação consagra as melhores edições anuais, entre livros acadêmicos e científicos, visando a democratização do conhecimento.
A obra foi desenvolvida pelo Centro de Documentação e Memória (Cedem), do Boi Caprichoso, coordenado pelo professor Diego Omar da Silveira, e pelos artistas do Estúdio Buriti – Artes e Quadrinhos de Parintins: Levi Gama, Rafa Pimentel, Joneuber Vasconcelos, Kedson Oliveira e Ananda Cid.
“Esse prêmio para nós é muito importante, principalmente por sua origem. É um reconhecimento de uma associação séria, que valoriza boas práticas editoriais de editoras universitárias no Brasil”, afirmou o professor.
Contribuição Cultural para a Tradição do Festival
O livro infanto-juvenil, conta a história do boi bumbá azulado e é fonte para salvar e manter a tradição viva, na população mais jovem. De acordo com o professor, esta obra faz parte de uma construção da política de memória, com ações de salvaguarda.
“Isso foi despertado no Caprichoso pela necessidade, inclusive, de criarmos materiais e suportes que atendessem também a esse público infanto-juvenil. Daí nasceu essa história em quadrinhos, e outras certamente virão. Porque nos sentimos ainda mais motivados, ainda mais estimulados a produzir, com um prêmio dessa envergadura”, concluiu.
“Caprichoso: uma história em quadrinhos” reforça ainda os saberes locais de Parintins e contribui para que as novas gerações se reconheçam como parte da história, da cultura e da identidade amazônica.
O livro faz parte da coleção “Bumbás de Parintins, nosso Patrimônio” e pode ser adquirido por meio da Editora UEA.
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