Amazonas Energia diz que não há risco de desabastecimento no estado

O diretor de Relações Institucionais da Amazonas Energia, Radyr Gomes, negou, nesta terça (10), que exista risco, devido a seca dos rios, de faltar diesel nas termelétricas do estado. Para Radyr, 75% dos consumidores no estado não depende de abastecimento fluvial para ter energia elétrica.

“Nós temos aqui a Região Metropolitana de Manaus que tem áreas interligadas ao Sistema Nacional. Temos Manaus, Manacapuru, Iranduba, Presidente Figueiredo, Parintins, Itacoatiara e temos o gasoduto Coari-Manaus que são cinco usinas. E boa parte desses são rodoviários. Essas outras áreas da calha do Juruá, da calha do rio Purus, que são áreas que não consigo acessar por estrada mas eu tenho um abastecimento garantido para que essa população não venha a sofrer”, afirmou.

Amazonas Energia se preparou para a vazante

Segundo o diretor, a concessionária se preparou para o período de secas, portanto, não há motivo para preocupação.

“Nós fomos muito diligentes em relação às áreas de fronteiras. Esses locais estão abastecidos até janeiro e, certamente, nesse período já haverá água nos rios e se houver necessidade conseguiremos levar diesel para essa região. Então, não há nenhum perigo de desabastecimento. Isso eu posso garantir”, ressaltou.

Municípios afastados temem falta de energia

Por mais que a fala do diretor cause tranquilidade, os municípios mais afastados temem um apagão energético. De acordo com o presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), Anderson Sousa, é real o risco de falta de energia em cidades do estado.

“Vários prefeitos têm ligado, colocado pontualmente para associação que não há como chegar mais barcos para entregar combustível. E 90% dos municípios da nossa entidade utilizam termelétrica”, afirma Anderson.

Ele afirmou ainda que municípios como Santa Isabel do Rio Negro já estão com uma tabela de racionamento.

Municípios afetados pela seca

Até o momento, 45 municípios do Amazonas estão em situação de emergência, 15 cidades de alerta, 0 em atenção e 2 em normalidade. Já são 297 mil pessoas, o equivalente a 74 mil famílias afetadas.