Já passou por um momento em que você está no meio de uma conversa e solta um “égua”, sem perceber? Ou quando alguém te convida pra um programa furado e você responde “nem com nojo”? Se você se identificou, parabéns: o amazonês vive em você!
O amazonês é vasto, e sempre tem uma expressão nova que escapa no meio de uma conversa com um mano ou uma mana na feira, batendo perna no Centro, ou esperando um ônibus no T3.
Então, se você achou que as 20 expressões do amazonês que já apareceram na Gazeta não eram o suficiente pra se virar bem no vocabulário do Amazonas, pode ficar tranquilo. Voltamos com mais 10 termos que fazem parte do jeito amazonense de falar. Bora conferir?
Mais 10 expressões do amazonês
Nem com nojo:
Negação enfática a alguma ação; algo que a pessoa não quer fazer de jeito nenhum.
Ex: “Bora ali no Sinetram? Preciso liberar minha carteirinha de ônibus.”
“E enfrentar aquela fila? Nem com nojo. Faz pelo site!”
Égua:
Interjeição comum em vários estados do norte, é muito usada também no Amazonas como forma de expressar uma série de sentimentos, entre descontentamento, descrença, susto ou confusão.
Ex: “Égua, que bagunça é essa na sala?”
Baixa da égua:
Lugar muito distante; semelhante ao popular “onde Judas perdeu as botas”.
Ex: “Queria ir na casa da minha tia, mas ela mora lá na baixa da égua!”
Telezé:
Abreviação de “tu é leso, é?”; usado pra expressar descrença, surpresa ou frustração com a outra pessoa.
Ex: “Daí eu fui na Praia da Lua, mas não conhecia ninguém lá…”
“E tu foi pro outro lado do rio sozinho? Telezé?”
Nem te bate:
Geralmente usado como um alerta para a outra pessoa, expressando que algo não vale o esforço que algo demandaria.
Ex: “Será que ela vai mandar mensagem hoje ainda?”
“Ih, mano, nem te bate com isso…”
Mano/Mana:
O apelido padrão para qualquer pessoa que conversa com um amazonense. O irmão é mano, a vizinha é mana, e um completo estranho pode ser mano também.
Há, ainda, a variante “maninho/maninha”, comumente usada como um indicador de frustração com a pessoa referida.
Ex: “Mana, tu tem 20 reais pra me emprestar? Eu te pago quando virar o mês!”
“Maninho, tu só fala comigo pra pedir dinheiro!”
Merenda:

O que é conhecido como “lanche” por alguns, é a merenda dos manauaras. De manhã, de tarde, ou de noite, sempre é hora de merendar.
Ex: “Curumim, pega aqui um dinheiro, vai lá na padaria e compra uma merenda pra gente!”
Capar o gato:
Semelhante ao igualmente amazonense “pegar o beco”, capar o gato é sinônimo de ir embora.
Ex: “Já vai, mano?”
“Vou mermo. Já passou da hora de capar o gato!”
Morreu de colar:
Quando alguma coisa dá muito certo; uma reação ao tipo de plano que fica bom para todos os envolvidos.
Ex: “Bora ali comigo na feira? A gente aproveita que tá no Centro e vai merendar também.”
“Morreu de colar!”
Toró:

Ocorrência quase diária no inverno amazônico, toró é uma chuva torrencial; tempestade.
Ex: “Aquele último toró transbordou até o igarapé!”
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