O ex-governador do Amazonas, Amazonino Armando Mendes, morreu na manhã deste domingo (12/02), no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. O político estava internado na unidade hospitalar desde dezembro de 2022, após concorrer às Eleições e tentar voltar ao cargo de governador pela quinta vez. Mendes deixa três filhos.
O quadro de saúde do ex-governador já havia se agravado nos últimos dias. Ainda nesta semana, a equipe de Amazonino informou que o político estaria sem previsão de alta hospitalar.
Filho da calha do Juruá, Amazonino Mendes nasceu no município de Eirunepé, a 1.160 quilômetros de Manaus. Desenhou sua trajetória política no estado e fez história ocupando quatro vezes o cargo de governador do Estado, três vezes o cargo de Prefeito de Manaus, e por duas vezes, foi Senador da República.
Com seus jingles inesquecíveis, e uma trajetória marcada por grandes obras de infraestrutura, como a criação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em 2001, além de intensificar a construção de escolas e postos de saúde pelo estado. Mendes destacou-se entre os demais por suas políticas sociais que também marcaram sua história política no maior estado da região Norte.
Ano passado, em 2022, tentou eleger-se governador pela quinta vez, e ficou em terceiro lugar nas pesquisas, atrás do Senador Eduardo Braga, e do atual governador do Amazonas, Wilson Lima. já em campanha, Mendes demonstrava-se pouco ativo e já dando sinais de uma saúde fragilizada.
Filho de Armando de Souza Mendes e Francisca Gomes Mendes, Amazonino foi casado com Tarcila Prado de Negreiros Mendes que morreu em 2015, com quem teve três filhos.
LUTO
Nas redes sociais, o governador Wilson Lima lamentou a morte de Amazonino Mendes, com quem disputou as Eleições governamentais nos dois últimos pleitos.
Lima reconheceu a importância da trajetória do ex-governador e decretou luto de sete dias em todo estado.
Confira o texto na íntegra:
“Eu devo muito do que sou hoje ao ex-governador Amazonino Mendes. Entrei para a política fazendo críticas e buscando, em grande parte das vezes, sempre um contraponto ao que ele e seu grupo político foram e representaram para o nosso Estado. Mas uma coisa é inegável: Amazonino foi um dos maiores líderes políticos da história do Amazonas.
Ele nasceu predestinado a amar essa tera, trazendo o Amazonas no nome e no coração. A imagem do homem alegre e carismático, que abraçava e acolhia, vai ficar para sempre na memória do povo amazonense. Descanse em paz, Amazonino, e que Deus conforte sua família e todos aqueles que tiveram a honra de conviver contigo.
Decreto luto oficial por 7 dias em todo Estado do Amazonas em sua homenagem.”
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