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Amazônia concentra 92% do garimpo ilegal no Brasil

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Um levantamento exclusivo do Greenpeace Brasil revela dados alarmantes: em 2023, o garimpo ilegal devastou 1410 hectares em Terras Indígenas dos povos Kayapó, Munduruku e Yanomami. As áreas afetadas equivalem a abertura de quatro campos de futebol por dia, floresta a dentro. Ainda de acordo com o Instituto MapBiomas, a região amazônica concentra 92% das atividades ilegais no Brasil.

Somados os dados, temos um cenário de ampla expansão da atividade criminosa e poucas ações efetivas para a contenção do garimpo ilegal.

“Cada hora que passa com os garimpeiros dentro dos territórios indígenas significa mais pessoas ameaçadas, uma porção de rio destruído e mais biodiversidade perdida. Precisamos, pra já, de uma Amazônia livre de garimpo”, afirma o porta-voz do Greenpeace Brasil, Jorge Eduardo Dantas.

Consequências da expansão

Além do prejuízo ambiental, o garimpo afeta toda a população local, gerando diversos impactos negativos que afetam a qualidade de vida dos indígenas. Entre eles, destacamos a violência contra os povos indígenas, a contaminação dos rios por mercúrio, o desmatamento e perda de biodiversidade, degradação cultural e social das comunidades indígenas e populações tradicionais e a abertura das terras indígenas para a expansão das atividades do narcotráfico.

 Kayapós enfrentam o pior cenário

Pelo menos quatro aldeias do povo Kayapó estão sob o domínio do garimpo ilegal, que no acumulado até dezembro de 2023, devastou mais de 15,4 mil hectares de garimpo. Somente em 2023, 1019 novos hectares foram invadidos, a maioria na parte leste e nordeste das terras indígenas.

Mundurukus perderam 7094 hectares

De acordo com o estudo do Greenpeace, o território dos Munduruku foi o segundo mais invadido por garimpeiros. Pelo menos 15 aldeias foram ocupadas e a área total submetida à atividade ilegal soma 7094 hectares. A situação é especialmente alarmante porque o território é irrigado por rios, o que agrava a ocupação.

Yanomamis ainda lutam contra o garimpo

O terceiro território mais invadido de acordo com o Greenpeace é o do povo Yanomami. A área total invadida por garimpeiros até 2023 foi de 3892 hectares. O levantamento de dados demonstra que o decreto de situação de emergência nacional no território Yanomami obteve apenas 30 dias de impacto na redução da invasão de novas terras. A atividade teve pico em janeiro de 2023, queda brusca em fevereiro, após o decreto, e novos picos em março e outubro do mesmo ano.

Leia mais:
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Garimpo ilegal no Amazonas: crime e prejuízo ambiental

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