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Garimpo ilegal no Amazonas: crime e prejuízo ambiental

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De acordo com o Greenpeace, o garimpo ilegal causa danos irreparáveis à natureza, prejuízo aos povos indígenas e comunidades tradicionais e aumento da criminalidade envolvendo tráfico de armas, drogas, animais silvestres e invasão de unidades de conservação ambiental no estado do Amazonas.

A inúmera lista de danos é inversamente proporcional à quantidade de pessoas que lucra  e explora a atividade ilegal gerando prejuízos socioambientais e econômicos na região.

O combate ao garimpo ilegal

Recentemente, no início do mês de setembro (2), a Polícia Federal encerrou a Operação Draga Zero, que inutilizou 302 balsas de garimpo ilegal na extensão de 1500km do Rio Madeira.

A operação visava combater os danos causados ao meio ambiente e à saúde pública em virtude da contaminação do Rio Madeira por causa da utilização de mercúrio e cianeto na extração ilegal do ouro e a invasão das terras dos povos tradicionais locais.

Estas e outras iniciativas do combate ao garimpo ilegal estão começando a render bons frutos e abrindo perspectivas para um cenário melhor no estado.

Yanomamis conseguem recuperar 78,5% de seu território

O Ministério da Defesa divulgou, através do  Centro Gestor e Operacional do sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), um dado estatístico que aponta para uma perspectiva otimista para os povos indígenas. Nos primeiros nove meses de 2023, os Yanomami  recuperaram quase oitenta por cento de seu território devido a expulsão do garimpo ilegal em seu território através da operação Libertação do Governo Federal.

Mesmo com o grande avanço, um relatório lançado em agosto pelas associações Yanomami demonstra que o território indígena ainda permanece sobre ameaça da atividade garimpeira. De acordo com o relatório, a atividade encontra apoio em políticos, militares e  facções criminosas que atrasam ainda mais o processo de eliminação da extração ilegal do ouro.

Inimigo comum dos povos indígenas

Além dos Yanomami, outros dois povos indígenas sofrem os impactos do garimpo ilegal no Amazonas. Os dados são de um estudo elaborado por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Universidade do Sul do Alabama. O estudo indica que 95% da atividade ilegal se concentre nas terras dos Kayapós, Mundukurus e Yanomamis.

Nos últimos 35 anos o garimpo ilegal subiu 1.217% na região, levando a área afetada de 7,45 km² em 1985 para 102,16 km² em 2020. Ainda de acordo com os dados do estudo, a preferência dos garimpeiros é por ouro e estanho.

Leia mais:
Terras Yanomamis não tem novas áreas de garimpo ilegal há 33 dias
Pontos de garimpo ainda resistem na Terra Indígena Yanomami
Território Yanomami possui a maior concentração de pistas de garimpo no Brasil

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