O Brasil registra atualmente cerca de 45% de cobertura em saúde bucal, de acordo com dados divulgados pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quinta-feira (13), durante evento em comemoração aos 20 anos da Política Nacional de Saúde Bucal, em Brasília. A meta do governo federal é alcançar pelo menos 70% de cobertura.
Esforços do Ministério da Saúde
A ministra diz que a Saúde vem tentado a ampliação da cobertura desde o ano passado: “Desde o ano passado, a partir de um trabalho de recomposição orçamentária, com o fim da PEC 95 e com a prioridade dada pelo governo federal a essa política, conseguimos, de fato, uma ampliação – e isso passa, naturalmente, pela questão da priorização no orçamento”, afirmou Nísia Trindade.
Para 2024, estão previstos R$ 4,3 bilhões em investimentos em saúde bucal, um crescimento de 123% em relação ao ano anterior. “Hoje, temos R$ 4,3 bilhões de investimento, no ano de 2024, em saúde bucal, o que representa crescimento de 123% em relação a 2023. Esse é um indicador importante de prioridade”, completou a ministra.
Segundo o Ministério da Saúde, esse montante permitirá a implantação de mais de 6 mil equipes de saúde bucal, 100 Centros de Especialidades Odontológicas e a aquisição de 300 Unidades Odontológicas Móveis.
Saúde Bucal Brasil 2020/2023
Durante o evento, foram apresentados dados da pesquisa Saúde Bucal Brasil 2020/2023, que indicam que 53% das crianças de 5 anos entrevistadas não tinham cáries. A pesquisa ouviu e examinou mais de 40 mil pessoas nas 27 capitais e em 403 municípios do interior do país, incluindo 7.198 crianças.
Esse índice representa um aumento de 14% em comparação com a pesquisa anterior, realizada em 2010, quando 46,6% das crianças entrevistadas estavam livres da doença.
O estudo também mostrou um aumento no número de crianças de 5 anos livres de cárie entre 2010 e 2023 nas regiões Sul (40,7%), Sudeste (21,9%), Nordeste (17,1%) e Norte (11,2%), tanto nas capitais quanto nas cidades do interior. O Centro-oeste, no entanto, apresentou uma pequena diminuição na proporção, passando de 38,8% para 37,9%.
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