Em seu sétimo mandato, o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM), integra fortes alianças na bancada religiosa, defendendo as pautas conservadoras como: proibição do aborto e veto a direitos LGBTQIA+.
Defendendo essas e outras pautas, a prioridade de Silas Câmara é manter a presença intensiva nas comissões do Congresso Nacional, impondo um “obstáculo forte” a projetos que desagradem a bancada evangélica.
Silas Câmara
Sua posse à Frente Parlamentar Evangélica foi motivo de questionamentos pelos demais deputados e ocorreu após acordo com Eli Borges (PL-TO), onde revezarão no posto até 2024.
Aliado do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), ressalta que o mesmo ainda é favorito da bancada e afirma que não é “amigo do Lula (PT) nem da esquerda”, mas não nega o diálogo com o presidente.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (16), o deputado afirma que: “Ele [presidente Lula] está construindo um caminho para ter esse diálogo restabelecido através de políticas públicas que de fato alcançam majoritariamente a comunidade evangélica”, diz.
Pautas conservadoras: proibição do aborto e veto a direitos LGBTQIA+
Quando questionado a respeito das pautas defendidas pela bancada evangélica, Silas Câmara reafirmou que um projeto de lei, restringindo ainda mais o aborto, seria fortemente apoiado pela bancada. “Nós, cristãos, estaremos sempre a favor da vida e contra o aborto, seja ele qual for”, declarou.
Outro tópico que não terá aprovação pela Frente Evangélica são projetos que ampliem direitos LGBTQIA+. Segundo o deputado, “fazemos nosso trabalho, que é respeitar a representatividade da população brasileira”, mas “um país que […] acredita que o casamento deve ser entre homem e mulher, como está no princípio bíblico, vai se posicionar sempre contra qualquer tipo de iniciativa que tire esse eixo da maioria”.
Bolsonaro e futuras eleições
Para o deputado federal, as últimas acusações contra Bolsonaro e sua inelegibilidade por oito anos não afetam o apoio evangélico para ele. “Não acredito que seja um incômodo. Enquanto não transitado em julgado, condená-lo ou julgá-lo por antecipação é algo que os evangélicos não costumam fazer”, afirma.
Para ele, o grupo enxergou no ex-presidente a segurança aos princípios defendidos pela bancada.
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