O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, ficou em silêncio durante depoimento prestado à Polícia Federal nesta quarta-feira (18).
A PF chegou a fazer perguntas a Torres, incluindo a minuta do decreto de defesa encontrada em sua residência, mas ele não respondeu, de acordo com a apuração da CNN.
Nesta quarta-feira o advogado de Torres, Rodrigo Roca, chegou ao batalhão às 10h20 e saiu às 12h20, mas sem falar com a imprensa.
No batalhão, o ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro tem acesso restrito às equipes de segurança e advogados, além de não poder usar dispositivos eletrônicos, como celular. Ele só pode receber visita com autorização judicial.
Os advogados de Torres tentam reverter a prisão do ex-secretário para uma detenção em caráter domiciliar. Desde o final de semana, Torres está detido no 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal.
Anderson Torres foi preso no sábado (14), ao voltar de férias dos Estados Unidos, por ordem de Alexandre de Moraes, Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em determinação, Alexandre de Moraes afirmou que o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro foi conivente e omisso em relação aos atos golpistas do último dia 8 em Brasília. No dia do ataque de radicais bolsonaristas, o então secretário estava de férias nos Estados Unidos. Três dias após as manifestações radicais, o secretário foi exonerado.