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Veja linha do tempo de submarino desaparecido; Empresa pode se isentar de responsabilidade

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No dia 16 de junho, cinco pessoas entravam no submarino da empresa OceanGate para chegar aos destroços do navio Titanic, a cerca de 650 km ao sul de St John’s, Newfoundland, no Canadá, e aproximadamente 3.800 metros da superfície. O percurso levaria oito horas.

Cobrando o valor de US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) para um lugar na expedição, a empresa de turismo marítimo levava em seu submarino:

  • o bilionário e explorador britânico Hamish Harding, de 58 anos;
  • o magnata dos negócios nascido no Paquistão Shahzada Dawood, 48, e seu filho Suleman, de 19, ambos cidadãos britânicos;
  • o oceanógrafo francês e especialista em Titanic Paul-Henri Nargeolet, 77, que visitou os destroços dezenas de vezes; e
  • o norte-americano Stockton Rush, fundador e executivo-chefe da OceanGate, que pilotava o submersível.
O CEO da OceanGate e piloto do Titan, Stockton Rush. Foto: Reproduçãoesap

No dia 18 de junho, começava a descida até os destroços. Porém, com 1h45m de viagem, o submarino perdia a comunicação com a superfície. Em caso de emergência, a cápsula estaria projetada para garantir 96 horas de oxigênio como “suporte de vida”.

No dia seguinte, a Guarda Costeira dos Estados Unidos informava que estavam “procurando por um submarino de pesquisa canadense”.

Dia 21 de junho, a Guarda Costeira ouviu sons “consistentes com uma implosão”.

Depois de quatro dias de busca, na quinta-feira (22), a Guarda Costeira confirmou a morte das cinco pessoas que estavam na embarcação. Em coletiva de imprensa, o contra-almirante da Guarda Costeira John Mauger disse que houve uma implosão no submarino. No mesmo dia, foram encontrados destroços da embarcação próximo ao Titanic.“Esse é um ambiente imperdoável, no chão do oceano. Os destroços são consistentes com uma catastrófica implosão da embarcação”, disse Mauger. De acordo com as informações repassadas por ele, os detritos encontrados indicam perda de pressão na cabine.

 Ainda não se sabe em qual momento e por qual motivo a embarcação implodiu.

“Lamentamos a perda de vidas”

Em nota, a OceanGate, responsável pelo submarino Titan, também confirmou a morte dos passageiros do submersível. “Lamentamos a perda das vidas”, disse.

Confira o pronunciamento completo da empresa abaixo:

”Agora acreditamos que nosso CEO Stockton Rush, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet, infelizmente, morreram.

Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um distinto espírito de aventura e uma profunda paixão por explorar e proteger os oceanos do mundo. Nossos corações estão com essas cinco almas e todos os membros de suas famílias durante esse período trágico. Lamentamos a perda de vidas e celebramos a alegria que eles trouxeram para todos que conheciam.

Este é um momento extremamente triste para nossos funcionários dedicados que estão exaustos e sofrendo profundamente com esta perda. Toda a família OceanGate é profundamente grata pelos incontáveis ​​homens e mulheres de múltiplas organizações da comunidade internacional que agilizaram amplos recursos e trabalharam muito duro nesta missão. Agradecemos seu compromisso em encontrar esses cinco exploradores, e seus dias e noites de trabalho incansável em apoio à nossa tripulação e suas famílias.

Este é um momento muito triste para toda a comunidade de exploradores e para cada um dos familiares daqueles que morreram no mar. Pedimos respeitosamente que a privacidade dessas famílias seja respeitada durante este momento tão doloroso.”

Investigação

O cofundador da OceanGate, Guillermo Sohnlein, declarou ao jornal CNN que é preciso de tempo para saber o que realmente aconteceu. “Existem equipes no local que ainda coletarão dados nos próximos dias, semanas, talvez meses, e levará muito tempo até sabermos exatamente o que aconteceu lá embaixo”, disse.

Isenção de responsabilidade 

O portal estadunidense TMZ teve acesso a um documento de ‘isenção de responsabilidade’ assinado pelos tripulantes do submarino Titan. Com o documento, a empresa OceanGate se isenta da responsabilidade pelo acidente ocorrido.

Segundo o contrato obtido pelo TMZ, ao entrar na viagem que ia até os destroços do Titanic, os tripulantes precisaram assinar o termo: “Eu, ___________________ reconheço que me inscrevi voluntariamente para participar de uma operação submersível organizada pela OceanGate Expeditions“.

O documento também diz que “uma parte da operação será realizada dentro de um submersível experimental. A embarcação não foi aprovada ou certificada por qualquer órgão regulador e pode ser construído com materiais que não foram amplamente usados em submersíveis ocupados por humanos“.

“Ao mergulhar abaixo da superfície do oceano, esta embarcação estará sujeita a condições extremas pressão, e qualquer falha da embarcação enquanto eu estiver a bordo pode causar ferimentos graves ou morte”, continua o documento.

A declaração também diz que “por meio deste (contrato), assumo total responsabilidade pelo risco de lesões corporais, invalidez, morte e danos à propriedade devido à negligência de qualquer parte enquanto acontece a expedição.”

Leia mais:
Passageiros do submarino ‘infelizmente se foram’, diz OceanGate

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