Nesta quarta-feira (23/08), a Comissão Executiva do Partido Liberal (PL) em Manaus tomou a decisão de expulsar o ex-superintendente da Suframa, coronel Menezes, da legenda. A decisão surge após uma denúncia feita pelo deputado federal Capitão Alberto Neto (PL), alegando que Menezes o chamou de ‘Judas’ durante a votação da reforma tributária, quando Alberto votou contrário ao texto.
O documento que anuncia a expulsão de Menezes do Partido Liberal foi encaminhado ao presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, e veio a público nesta quarta-feira. O comunicado, assinado pelo primeiro vice-presidente da comissão, João Augusto Cordeiro Ramos, pontua que Menezes violou dois artigos do estatuto do partido e três artigos do Código de Ética, aplicando-lhe a penalidade de expulsão. “Como consequência, é necessário que se proceda a imediata exclusão do filiado Alfredo Alexandre de Menezes Júnior dos quadros do Partido Liberal”, diz o documento.
A expulsão de Menezes da legenda foi encarada como uma vitória do Capitão Alberto Neto, que estava competindo internamente com Menezes pela candidatura do PL à Prefeitura de Manaus em 2024.
Menezes se posiciona
Em nota publicada nas redes sociais, o ex-superintendente da Suframa afirmou que a decisão do Diretório Municipal do PL, comandado pelo deputado Alberto Neto, já era “esperada e não causou nenhuma surpresa”.
“Vamos agora buscar as instâncias superiores do partido para reverter uma decisão esdrúxula, absurda, descontextualizada e permeada por uma vontade pessoal do parlamentar”, disse Menezes em nota.
Menezes completou a nota citando o artigo 220 da constituição: “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. A propaganda comercial encontra proteção constitucional, por ser manifestação da liberdade de expressão e comunicação. […] Uma decisão assim, repleta de vícios na sua origem, fere acima tudo a nossa democracia e os 737.000 mil eleitores que votaram no Coronel Menezes em 2022. Vou buscar incessantemente a reparação desta decisão”, finalizou o militar
Veja a íntegra do documento:
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