Élcio de Queiroz, ex-Policial Militar, confirmou em delação premiada que o ex-policial reformado Ronnie Lessa matou Marielle Franco. Élcio e Ronnie estão presos desde 2019. A informação foi anunciada nesta segunda-feira (24) pelo ministro da Justiça, Flávio Dino.
Em seu depoimento, já homologado pela Justiça, Élcio confessou que dirigiu o carro Cobalt prata usado no ataque e afirmou que Ronnie de fato fez os disparos com uma submetralhadora contra Marielle. Segundo ele, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, também participou do assassinato, realizando a vigilância da vereadora.
“Nessa delação, o sr. Élcio revelou a participação de um terceiro indivíduo, que é o sr. Maxwell. E confirmou a participação dele próprio e do Ronnie Lessa. Com isso, nós temos sob a ótica da Polícia Federal o fechamento de uma fase da investigação, com a confirmação de tudo que aconteceu na execução do crime”, disse Flávio Dino em entrevista coletiva na manhã desta segunda.
Operação
Na manhã desta segunda, a Polícia Federal realizou a operação Élpis em que prendeu Maxwell. Ele estava cumprindo prisão domiciliar desde junho de 2020. De acordo com a PF, o ex-bombeiro do Rio de Janeiro teria ajudado a esconder armas de Ronnie, entre elas, a que foi utilizada no atentado contra a vereadora e o motorista Anderson Gomes.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e na região metropolitana. Um dos alvos foi o irmão de Ronnie Lessa.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, Rio de Janeiro. Cinco anos depois, ainda não se sabe quem mandou matar Marielle, e porquê.
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