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Acordo de paz na Ucrânia pode ser selado nesta quinta, afirma Marco Rubio após avanços em Genebra

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Secretário de Estado dos EUA define prazo para fim do conflito, enquanto negociador ucraniano confirma que nova proposta de Trump atende prioridades de Kiev.

Um histórico acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia pode estar a poucos dias de se tornar realidade. Em meio a intensas negociações diplomáticas realizadas neste fim de semana em Genebra, na Suíça, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, estabeleceu um prazo otimista para o desfecho do conflito que se arrasta desde fevereiro de 2022. Segundo o chefe da diplomacia americana, a expectativa da Casa Branca é que o documento final seja assinado até a próxima quinta-feira, 27 de novembro.

A movimentação na cidade suíça envolveu reuniões de alto nível entre líderes ocidentais, representantes ucranianos e a delegação americana, todos debatendo a proposta elaborada pelo presidente Donald Trump. O clima, que começou tenso com rejeições iniciais por parte de Kiev, evoluiu para um cenário de cooperação construtiva neste domingo, 23.

Otimismo americano e prazo definido

Durante uma coletiva de imprensa após as reuniões, Marco Rubio demonstrou confiança na aceitação do plano, inclusive por parte da Rússia, liderada por Vladimir Putin. O secretário enfatizou a urgência e o desejo de Washington em encerrar as hostilidades o quanto antes.

“Queremos finalizar o acordo o mais rápido possível, e adoraríamos terminá-lo até quinta-feira (dia 27)”, declarou Rubio. Ele ressaltou que, apesar de ainda restarem questões pendentes, especialmente no que tange aos papéis desempenhados pela União Europeia (UE) e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), nenhum obstáculo é insuperável. Para o governo americano, este domingo foi considerado “o dia mais produtivo” desde o início das conversas sobre o fim da guerra.

A estratégia americana busca alinhar os interesses de segurança do Ocidente com a necessidade de estabilidade na região, pressionando ambas as partes para um consenso que evite o prolongamento do desgaste militar e econômico global.

Mudança de tom em Kiev e prioridades atendidas

Um dos pontos cruciais para o avanço nas tratativas do acordo de paz foi a mudança de postura da delegação ucraniana. Inicialmente, o presidente Volodimir Zelenski havia rejeitado a primeira versão da proposta apresentada na sexta-feira, 21, prometendo apresentar alternativas a Washington. O plano original, composto por 28 pontos, sugeria a cessão de territórios à Rússia e o compromisso da Ucrânia de não ingressar na Otan, o que gerou forte resistência.

No entanto, a nova versão discutida neste domingo parece ter incorporado ajustes significativos. Rustem Umerov, chefe do Conselho de Segurança ucraniano e um dos principais negociadores de Zelenski, utilizou as redes sociais para sinalizar a aprovação de Kiev aos novos termos.

“A versão atual do documento, embora ainda se encontre nas últimas etapas de sua aprovação, já reflete a maioria das prioridades-chave da Ucrânia”, indicou Umerov em sua conta no Facebook.

O negociador classificou a cooperação com os Estados Unidos como “construtiva” e elogiou a atenção dada aos comentários e exigências ucranianas durante a revisão do texto. O próprio presidente Zelenski, em mensagem no X (antigo Twitter), reforçou que os trabalhos continuam para garantir que os elementos do acordo sejam eficazes para “pôr fim de uma vez por todas ao banho de sangue”.

Tensões nos bastidores e críticas de Trump

Apesar do progresso diplomático em direção ao acordo de paz, os bastidores das negociações não estiveram isentos de atritos. O presidente americano, Donald Trump, expressou descontentamento público com a postura dos aliados europeus e ucranianos. Em sua rede social, a Truth Social, Trump queixou-se do que chamou de “gratidão zero” pelos esforços americanos em mediar o conflito.

O líder republicano também direcionou críticas severas aos países europeus, apontando a contradição de nações que continuam comprando petróleo da Rússia mesmo após o início da guerra e a imposição de sanções econômicas. Essas declarações adicionaram uma camada de pressão política sobre os negociadores, evidenciando que o apoio americano, embora robusto, vem acompanhado de exigências claras por pragmatismo e resultados rápidos.

Os detalhes da proposta e desafios finais

A proposta de acordo de paz liderada pelos EUA tenta equilibrar concessões difíceis com garantias de segurança. Se por um lado o plano exige que Kiev ceda territórios ocupados e reduza seu efetivo militar, por outro, oferece garantias de segurança ocidentais robustas para proteger a soberania do que restar do território ucraniano.

A flexibilização da Ucrânia sugere que as “garantias de segurança” oferecidas na nova versão podem ser substanciais o suficiente para compensar a não adesão imediata à Otan. Agora, o foco se volta para os detalhes finais da implementação e a reação oficial do Kremlin.

Com a data de quinta-feira se aproximando, o mundo observa atentamente se Genebra será, mais uma vez, o palco de um tratado histórico ou se os detalhes finais adiarão o tão aguardado fim do maior conflito em solo europeu desde a Segunda Guerra Mundial.

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