sexta-feira, julho 26, 2024
32.3 C
Manaus
InícioExplicandoExplicando: o que se sabe sobre gripe aviária no Brasil

Explicando: o que se sabe sobre gripe aviária no Brasil

Publicado em

Publicidade

Na segunda-feira (22), o Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência zoossanitária no Brasil por conta de casos de gripe aviária detectados em aves silvestres. A portaria, assinada pelo ministro Carlos Fávaro, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite de segunda e tem validade de 180 dias.

De acordo com a pasta, a medida tem como objetivo evitar que a doença chegue à produção de aves de produção própria e comercial, além de preservar a fauna e a saúde humana.

Na tarde de segunda, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo confirmou três novos casos positivos para influenza aviária (H5N1) no Espírito Santo, que estavam em investigação desde a semana passada.

Gripe aviária

Segundo o Ministério da Agricultura, a doença não é transmitida a partir do consumo de frango e ovos e que não há, até agora, nenhum caso registrado em ave comercial ou de ser humano contaminados pela influenza.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que “é importante ressaltar que não foram registrados casos confirmados de influenza aviária A (H5N1) em humanos no Brasil. A transmissão da doença ocorre por meio do contato com aves doentes, vivas ou mortas”.

A doença viral é altamente contagiosa e afeta aves domésticas e silvestres. A transmissão de um ser humano para o outro é bem rara. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que, pelo que foi observado no mundo, o vírus não infecta humanos com facilidade e, quando isso ocorre, geralmente a transmissão de pessoa para pessoa não é sustentada.

O H5N1 foi identificado pela primeira vez no mundo em 1996. Segundo o dr. o infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), foram registrados, nos últimos anos, mais de 800 casos da doença em seres humanos no mundo, em geral em pessoas que manipulam aves.

“Nos preocupa a possibilidade desses vírus ganharem a capacidade de transmissão inter-humana e se disseminarem globalmente”, alerta o médico. “O vírus influenza não infecta somente seres humanos, ele infecta mamíferos, aves e outros animais. Muitas vezes o convívio próximo do ser humano com esses animais pode fazer com que haja um ‘pulo’ da espécie animal para o ser humano, causando uma doença de maior gravidade”, explica.

Geralmente, as aves contaminadas apresentam os seguintes sintomas:

  • Dificuldade respiratória;
  • Secreção nasal ou ocular;
  • Espirros;
  • Incoordenação motora;
  • Torcicolo;
  • Diarreia;
  • Alta mortalidade em aves domésticas ou silvestres.

Emergência zoossanitária 

A declaração de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais nas três instâncias e não governamentais.

A Secretaria de Defesa Agropecuária instalou um Centro de Operações de Emergência para coordenação, planejamento, avaliação e controle das ações nacionais referente à gripe aviária.

“O grupo será responsável pela coordenação das ações de prevenção, vigilância e cuidado com saúde pública, bem como a articulação das informações entre outros ministérios, órgãos, agências estaduais e setor privado”, concluiu o ministério.

Casos no Brasil

Na tarde de segunda, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo confirmou três novos casos positivos para influenza aviária (H5N1) no Espírito Santo, que estavam em investigação desde a semana passada.

Em nota, o ministério informou que as aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular trinta-réis-de-bando) foram encontradas nos municípios de Linhares, Itapemirim e Vitória.

Até o momento, são oito casos confirmados em aves no país: sete no Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim; e um no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra. Além da espécie Thalasseus acuflavidus, há ainda aves da Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).

A orientação da pasta é que a população não recolha aves que encontrar doentes ou mortas e acione o serviço veterinário mais próximo, no intuito de evitar que a doença se espalhe.

Ainda segundo o governo, não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial.

Feiras com aglomeração de aves

A portaria também prorroga, por tempo indeterminado, a suspensão da realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves e a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados no ministério.

“A medida se aplica a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades”, detalhou a pasta.

Últimas Notícias

Câmara propõe tornar ultrapassagem perigosa infração gravíssima

O Projeto de Lei 1405/24, em tramitação na Câmara dos Deputados, altera o Código de...

Leilão do Detran-AM será realizado na segunda (29); veja como participar

O Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) promoverá mais um leilão on-line, na...

Amazonas teve 30 mil casos de arboviroses desde janeiro

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP),...

Carrefour deverá indenizar adolescente acusado de furto em R$25 mil

A Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas confirmou decisão de 1.ª...

Mais como este

Câmara propõe tornar ultrapassagem perigosa infração gravíssima

O Projeto de Lei 1405/24, em tramitação na Câmara dos Deputados, altera o Código de...

Leilão do Detran-AM será realizado na segunda (29); veja como participar

O Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) promoverá mais um leilão on-line, na...

Amazonas teve 30 mil casos de arboviroses desde janeiro

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP),...