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Governo federal quer zerar filas do SUS na região Norte

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Mutirão no Rio Amazonas em parceria com a Aeronáutica, migração de equipes médicas para a região Norte e parcerias com hospitais públicos, filantrópicos e até particulares são medidas que serão tomadas pelo governo federal para zerar a fila de cirurgias eletivas do Sistema Único de Saúde (SUS) na região norte do país, que tem o maior déficit de profissionais de saúde do país.

Para isto, também serão realizados procedimentos à noite e aos finais de semana. A ação é uma das prioridades dos primeiros 100 dias do governo do presidente Lula. Em janeiro, foi anunciado que o Programa Nacional para Redução de Filas fará o repasse de R$ 600 milhões a estados e municípios para a realização desses procedimentos.

O secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Júnior, disse que faltam informações, mas estima haver de 2 a 3 milhões de cirurgias represadas no país.

Os estados e municípios ficaram responsáveis por enviar informações dos procedimentos represados e as prioridades. Dessa forma, o Ministério da Saúde terá um diagnóstico preciso da situação no Brasil.

“Estamos aproveitando para entender qual o mecanismo de cada estado para saber sua fila. Tem fila que os estados organizam, que os municípios organizam, tem fila dentro do hospital. Os pacientes transitam de uma fila para outra e nem todas [as filas] tem a informação com CPF”, disse.

A pasta exige que no documento as unidades da federação informem qual o tamanho da fila, a expectativa com o plano de redução, quais os procedimentos colocados como prioridade, em quais os municípios e os prestadores.

11 estados já enviaram os planos: Amapá, Amazonas, Tocantins, Bahia, Acre, Rondônia, Maranhão, Piauí, Distrito Federal, Minas Gerais e Espírito Santo. Foram aprovados os planos das sete últimas unidades da federação.

“A gente precisa primeiro ter um retrato da necessidade, vamos colocar uma pessoa em cada estado para entender a dinâmica. Os gestores preparam os pacientes, marcam a cirurgia e nós levamos equipes para a região. O pessoal da USP [Universidade de São Paulo], da Unifesp [Universidade Federal de São Paulo], e da Unicamp [Universidade Estadual de Campinas] topam fazer isso”, afirmou.

Na sua visão, os gestores estaduais podem fazer parceria com hospitais privados para a realização de cirurgias à noite e aos finais de semana.

Leia mais:
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Ministério lança programa para promover equidade de gênero e raça no SUS

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