O vereador Professor Samuel (PSD) causou polêmica em Sessão Plenária nesta semana por defender a distribuição de suco com bolacha como merenda em escolas públicas municipais de Manaus. A declaração aconteceu na Câmara Muncipal de Manaus (CMM), durante um discurso sobre a qualidade e o valor nutricional dos alimentos entregues a crianças nas escolas.
“Merenda é merenda, não é almoço. Não posso querer encher de proteínas e tal, se não o menino chega em casa e nem almoça. Eu não sou contra que coloque [alimentos naturais e proteínas], mas aí serve-se uma bolacha com suco e [o governo] é condenado. Se existe falha, eu vejo como um processo natural”, declarou o vereador durante sessão.
Colega rebateu a fala
Em resposta à fala de Prof. Samuel, o vereador Lissandro Breval (Progressistas) disse estar assustado pela colocação de seu colega:
“Normatizar bolacha e suco na merenda escolar, isso me assusta. […] É obrigação da gestão trabalhar continuamente para evitar esse tipo de coisa. Outra colocação que me assusta é a de que ‘merenda é merenda e almoço é almoço’. A gente sabe que mais de 70% das crianças que vão à rede pública municipal estão naquele nicho de famílias abaixo do IDH, com problemas de insegurança alimentar. Não tem o que comer.”, declarou Lissandro.
Prof. Samuel preside Comissão de Educação
Samuel Monteiro, que é educador por formação e já atuou como professor e gestor de escolas, ocupa atualmente o cargo de Presidente da Comissão de Educação na CMM.
A Comissão é um órgão técnico de apoio ao processo legislativo, responsável por fiscalizar os processos da Secretaria Municipal de Educação (Semed), o que inclui a distribuição de merenda escolar.
Votação importante não aconteceu
A Sessão Plenária em que o discurso aconteceu foi marcada por diversos debates sobre a educação municipal, uma vez que havia uma expectativa para a votação do Projeto de Lei (PL) n° 309/2024, que estabeleceria um aumento de 3,69% no salário dos professores municipais de Manaus.
Assistindo à Sessão, estavam presentes representantes do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom), que aguardavam a votação do projeto. Entretanto, o PL não foi colocado para votação.
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