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Julgamento sobre cassação de Moro é suspenso novamente

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O julgamento do caso de cassação do mandato do Senador Sergio Moro pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) é suspenso nomeante.

Durante o segundo dia de julgamento das Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs), que questionam a validade do senador do União Brasil por abuso de poder econômico na pré-campanha de 2022.

A desembargadora Claudia Cristina Cristofani solicitou mais tempo para avaliação, interrompendo temporariamente o processo com um pedido de vista.

Até o momento, o veredito está empatado em 1 a 1, com posições divergentes entre os desembargadores eleitorais: José Rodrigo Sade, que se posicionou a favor da cassação e da inelegibilidade, discordando do relator Luciano Carrasco Falavinha Souza.

A continuação do julgamento está marcada para a próxima segunda-feira (8). A decisão impactará diretamente o futuro político de Moro e seus suplentes, Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, em um caso que atrai atenções para as implicações de práticas na pré-campanha eleitoral.

VOTO PELA CASSAÇÃO DO SENADOR 

Durante o julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o desembargador eleitoral José Rodrigo Sade emitiu um voto decisivo que pode alterar o cenário político do Senador Sergio Moro e seus suplentes.

No voto, Sade avaliou como parcialmente procedentes as ações que questionam a legitimidade do mandato de Moro, sugerindo a cassação, a declaração de inelegibilidade por oito anos a partir de 2022, e a convocação de novas eleições, condicionadas à confirmação final da cassação após todos os recursos.

Referindo-se ao processo como o “VAR das eleições”, uma analogia ao Árbitro Assistente de Vídeo em jogos de futebol, o desembargador destacou a complexidade do caso em questão.

O desembargador Sade apontou especificamente para a influência significativa das redes sociais na pré-campanha de Moro, enfatizando como a estratégia de comunicação digital não apenas ampliou o alcance das mensagens de Moro mas também impactou as eleições no Paraná, mesmo com a campanha sendo conduzida em outros estados. Este aspecto ressalta a importância crescente das plataformas digitais na dinâmica eleitoral moderna.

O desembargador José Rodrigo Sade fez referência ao caso anterior de cassação da senadora Selma Arruda, no Mato Grosso, por não registrar gastos de campanha no valor de R$ 1,2 milhão. Esta comparação entre os casos de Moro e Selma Arruda foi destacada tanto pela acusação quanto pela defesa, indicando a relevância desse precedente.

Sade, integrante da Corte do TRE-PR desde fevereiro, mencionou a diferenciação feita pelo relator do processo, Luciano Carrasco Falavinha Souza, que, desde o início do julgamento, afirmou que os casos de Moro e Selma Arruda não têm “nenhuma relação”. Esse debate ressalta a complexidade das questões jurídicas envolvidas e a importância da análise detalhada de cada situação pela Justiça Eleitoral.

Antes de sua nomeação ao TRE-PR, Sade foi um dos juristas indicados para a vaga de advogado efetivo da corte em uma lista tríplice homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A escolha final, feita pelo presidente Lula, evidencia o rigoroso processo de seleção para os membros do TRE-PR e a atenção dada às questões eleitorais no Brasil.

PEDIDO DE VISTA DA DESEMBARGADORA

Após o voto de José Rodrigo Sade, a desembargadora Claudia Cristina Cristofani,  a terceira a votar, solicitou mais tempo para análise através de um pedido de vista. Ela justificou sua decisão destacando a existência de “duas versões diametralmente opostas” apresentadas pelos juízes anteriores, evidenciando a complexidade do caso.

“Devido ao grande volume de ideias e informações a serem processadas, e à possível falta de argumentos mais claros, é essencial que tenhamos um período para reflexão e para chegar a uma conclusão definitiva”, explicou Cristofani. Este momento ressalta a importância de uma análise cuidadosa e considerada no processo de julgamento.

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