Ex-ajudante de Bolsonaro foi preso em operação que investiga associação acusada de inserção de dados falsos de vacinação contra Covid-19
Mauro Cesar Barbosa Cid, conhecido como “coronel Cid” e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, teve livre acesso ao Planalto durante os quatro anos do governo Bolsonaro.
A atuação discreta de Cid como assessor presidencial ganhou mais destaque depois que suas conversas no WhatsApp com o blogueiro Allan dos Santos, do Terça Livre, vieram à tona. O vazamento aconteceu durante o inquérito aberto para investigar a organização e o financiamento de atos antidemocráticos. Em depoimento à PF, Cid declarou não se lembrar de ter conversado com Allan dos Santos sobre a “necessidade de intervenção das Forças Armadas” e negou apoiar a ideia.
Cid foi também envolvido no caso das joias avaliadas em R$ 16,5 milhões que Bolsonaro trouxe ilegalmente para o Brasil. O ajudante de ordens e “faz-tudo” do ex-presidente foi o primeiro a ser escalado para resgatar pessoalmente as joias. Um ofício obtido pelo Estadão revela que Cid escalou a si próprio para a missão. Cid era o oficial mais próximo de Bolsonaro e acompanhava o presidente durante todo o tempo.
Herança de família
O pai do coronel Cid, o general Mauro Cesar Lourena Cid, foi amigo do ex-presidente na Academia das Agulhas Negras e a relação se estendeu para outros membros da família. Durante o governo Bolsonaro, o coronel teve livre acesso ao gabinete presidencial, ao Palácio da Alvorada e até mesmo ao quarto ocupado pelo ex-chefe do Executivo nos hospitais, após cirurgias.
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Com informações do Estadão*