Você certamente já ouviu falar da Lenda do Boto Cor-de-Rosa. Ela faz parte das lendas do folclore brasileiro, em especial na Região Norte.
A Lenda do Boto Cor-de-Rosa
De acordo com a lenda, na época de festa junina, um boto-cor-de-rosa sai da profundeza das águas dos rios, transformando-se em um lindo homem, capaz de atrair todas as mulheres.
Com o tom da pele rosado, o rapaz se disfarça com um traje social e um chapéu ao rosto para cobrir a narina de boto. Andando nas festanças da cidade, este homem, chama atenção das moças. Ele, então, deita-se com uma mulher.
No dia seguinte, a jovem acorda sozinha no barco e, 9 meses depois, tem um filho, sem a presença do pai, que se transformou em boto e voltou para a água.
A verdade é que o Boto Cor-de-Rosa é uma espécie de golfinho e é um animal dócil, sendo procurado por turistas, que visitam a região amazônica.
Contos e Mitos Amazônicos com o Boto Cor-de-Rosa
Os contos e mitos amazônicos criam narrativas envolventes em torno do Boto Cor-de-Rosa, criatura mística que habita as águas misteriosas da Amazônia.
Em meio à densa floresta e rios sinuosos, as histórias se desdobram, revelando encontros entre esse ser mágico e os habitantes da região. Acredita-se que esta lenda tenha recebido influência da cultura europeia.
Importância na Cultura Amazônica e Brasileira
As lendas desempenham um forte papel na cultura amazônica e brasileira, em especial das comunidades ribeirinhas. Através dessas histórias, a comunidade reforça a importância da natureza. Para o professor Itamar Rodrigues, o folclore é o conhecimento total que um povo tem sobre si.
“O folclore é o conhecimento total que um povo tem sobre si mesmo, seu mundo, suas relações com a natureza”, enquanto a cultura “é a manifestação prática desse conhecimento (…) que pode ser manifestada através da música, dança, festas populares e festivais folclóricos”, afirmou.
O professor ressalta ainda que a diversidade cultural na Amazônia deve ser reconhecida, incentivada e protegida.
Lendas Amazônicas e o Folclore
As manifestações culturais, na Amazônia, colocam como centro a natureza e o seu povo. Além da lenda do boto, pode-se citar a lenda do Muiraquitã, amuleto oferecido como presente pelas guerreiras Konduris; a lenda do Curupira, protetor da floresta; da Vitória-régia, que retrata o amor entre Naia e Jaci; Matinta Pereira, com a sabedoria popular, dentre muitas outras que fazem parte do imaginário do povo.
Além das lendas amazônicas, coexistem ainda, as festas culturais, como Festribal de Juruti, no Pará, e o festival folclórico em Parintins, no Amazonas.
Todas essas manifestações, portanto, reforçam a identidade de um povo, com respeito aos seus antepassados e à vivência amazônida.
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