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Programa Floresta em Pé mobiliza R$ 71,5 mi para reduzir desmatamento no Amazonas

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O Programa Floresta em Pé está trazendo ao Amazonas um aporte de R$ 71,5 milhões para fortalecer o combate ao desmatamento, apoiar cadeias produtivas sustentáveis e aprimorar a governança ambiental no estado. Essa iniciativa, fruto de cooperação entre Brasil e Alemanha, é executada pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) sob supervisão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

Desde 2023 até 2026, o programa busca promover ações integradas em defesa da floresta em pé, com foco em fiscalização, bioeconomia e gestão técnica ambiental.

Parceria internacional e propósito do programa

O Floresta em Pé é fruto da cooperação entre o governo brasileiro e o governo alemão, por meio do banco de desenvolvimento KfW, com financiamento do Ministério Federal Alemão de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ). A FAS foi escolhida como entidade executora com base em critérios técnicos internacionais.

O objetivo principal do programa é reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) decorrentes do desmatamento ao valorizar a floresta intacta. Para isso, atua em três frentes: controle ambiental, bioeconomia e governança.

Eixos de atuação: controle, bioeconomia e governança

1. Combate ao desmatamento

Esse eixo engloba 46,07% dos recursos (aproximadamente R$ 32,9 milhões). As ações visam descentralizar a gestão ambiental, capacitar órgãos locais e fortalecer a fiscalização em municípios-chave. Também será promovida a construção de Centros Multifuncionais e salas multiuso para operações de campo.

2. Bioeconomia de base florestal

Com 45,77% dos recursos (cerca de R$ 32,7 milhões), este eixo apoia o ecossistema de inovação da bioeconomia, fomentando cadeias produtivas sustentáveis, oferta de serviços ambientais (PSA), capacitação de lideranças e comercialização de produtos de baixo carbono.

3. Governança e coordenação

Destinados 8,16% dos recursos (aproximadamente R$ 5,8 milhões), os investimentos fortalecem a capacidade institucional da Sema-AM, aprimoram a gestão técnica e dão suporte administrativo ao programa.

A seguir, a distribuição orçamentária resumida:

Eixo Percentual Valor em R$ Objetivo principal
Combate ao desmatamento 46,07% R$ 32,9 milhões Reforçar comando e controle e operações integradas
Bioeconomia de base florestal 45,77% R$ 32,7 milhões Apoiar produção sustentável e desenvolvimento de cadeias verdes
Governança e coordenação 8,16% R$ 5,8 milhões Aperfeiçoar gestão técnica e institucional

No total, 84,9% dos recursos (cerca de R$ 60,7 milhões) serão aplicados em ações estruturantes, enquanto 15,1% (R$ 10,8 milhões) estão reservados para benefícios diretos a comunidades envolvidas nas cadeias da bioeconomia.

Metas, resultados e impacto esperado

O programa almeja alcançar uma redução de 10% no desmatamento e degradação florestal até 2025. Para isso, prevê:

  • Fiscalização integrada em áreas críticas e apoio técnico a municípios prioritários;

  • Aplicação de políticas socioambientais em 15 unidades de conservação estaduais de uso sustentável;

  • Capacitação de jovens, mulheres e produtores locais para o empreendedorismo verde;

  • Implantação de instrumentos de pagamento por serviços ambientais e mecanismos de gestão de carbono;

  • Fortalecimento da estrutura institucional da Sema-AM.

Embora em fase inicial, o projeto já mostra sinais de impacto. Segundo dados do PRODES/INPE, o desmatamento no Amazonas caiu 40% em 2023, passando de 2.594 km² (2022) para 1.553 km² (2023). Essa queda pode refletir as ações integradas de fiscalização, sensibilização e apoio às cadeias sustentáveis.

O Floresta em Pé também se alinha ao Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Amazonas (PPCDQ-AM, fase IV) e ao programa Amazonas 2030, que estabelece meta de desmatamento líquido zero até 2030.

Parcerias, modelo de execução e transparência

O programa conta com cooperação entre a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (Sema-AM), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Consórcio dos Governadores da Amazônia Legal, a GCF Task Force e entidades da sociedade civil.

A execução do projeto está baseada em modelo orientado por resultados (result-based financing), ou seja, os recursos são liberados conforme o cumprimento de metas e indicadores de desempenho (KPIs) comprovados. Isso reforça accountability e transparência no uso dos recursos públicos e internacionais.

Leia mais:
IA contra o desmatamento na Amazônia ajuda a identificar e prevenir crimes ambientais
Brasil articula na Europa apoio financeiro para novo fundo florestal antes da COP30
Na ONU, Lula lidera diálogo sobre ação climática e preservação de florestas

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