Subiu para 12 o número de municípios do Amazonas em estado de emergência por conta da seca dos rios. De acordo com a Defesa Civil, 32 cidades estão em situação de atenção e 15 em situação de alerta devido à vazante dos rios.
O secretário da pasta, Francisco Máximo, afirmou, nesta quinta-feira (21), que 100 mil pessoas estão sofrendo as consequências da estiagem no estado. Segundo Francisco, quando o município entra em situação de emergência ele já está passando por danos econômicos e sociais.
“A primeira resposta já está sendo dada pelo município, ele nos comunica, e, à medida em que há uma evolução desse desastre, o Estado entra como apoio para atender essas demandas oriundas desses municípios”, disse.
Danos
Mais de 300 alunos da rede pública de ensino já foram afetados pela vazante. Com o esvaziamento do rio, os barcos escola não conseguem transportar os alunos até a sala de aula. Porém, a previsão do Governo do Estado é que pelo menos 20 mil crianças, nos próximos 30, 40 dias, fiquem ser ter acesso à escola.
A baixa diária dos rios em 35 cm também vai afetar o transporte de cargas no estado, conforme a estimativa da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac). Os dados mostram que a seca pode reduzir a capacidade de transporte em 40% em duas semanas e até 50% até outubro.
Os produtos que vão sofrer maior impacto são os mais pesados, como alimentos (arroz, congelados e resfriados), cimento, metais, cerâmica, porcelanato e fertilizantes.
Suframa e PIM afetados pela seca
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e o Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam) se reuniram nesta quinta-feira (21) para buscar soluções para os efeitos negativos provocados pela vazante dos rios para o Polo Industrial de Manaus (PIM).
De acordo com a pasta, a ideia é planejar ações para prevenir e combater o problema da navegabilidade nos rios da região, que atingem diretamente o transporte de insumos e produtos para as empresas do Polo Industrial. Com isso, o objetivo é evitar que o setor industrial sofra tanto com o aumento do custo desses transportes na região, durante o período da seca.
“O problema de navegabilidade em alguns pontos apresenta dificuldades de passagem dos navios com a carga da indústria, porém, já recebemos a garantia da Capitania dos Portos de que, apesar da situação estar no estágio de vazante, não é um estado crítico, não existe a possibilidade de restrição de passagem dos navios”, afirmou Lúcio Flávio, presidente executivo do Cieam.
Operação Estiagem 2023
No último dia 15, o governador Wilson Lima decretou Situação de Emergência Ambiental e lançou a Operação Estiagem 2023, que terá investimento de de R$ 100 milhões e vão envolver cerca de 30 órgãos da administração direta e indireta do Governo do Estado.
A Defesa Civil e o Ciclo de Gestão de Desastres estão atuando em cinco fases de atuação para combater as consequências da seca.
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