Foi sancionada lei N° 6508/23, que torna as Ruínas do Velho Airão um patrimônio cultural do Amazonas. A proposta foi apresentada pelo deputado estadual Cabo Maciel (PL), em julho deste ano.
Segundo o deputado, apesar de já terem sido tombadas pelo Governo Federal, em 2005, não havia conservação do local. “Declarar essas ruínas de Velho Airão como Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial do Estado do Amazonas é possibilitar mais meios de proteger e preservar o local que, além do gigantesco potencial turístico, é de valor incomensurável à memória histórica do Amazonas”, ressaltou na época.
História das Ruínas
O Velho Airão, antiga sede do município de Novo Airão (a 115 quilômetros de distância de Manaus), é uma vila que foi abandonada no meio da floresta amazônica. Junto com as suas ruínas, diversas lendas e histórias permeiam a região e os moradores.
Na época da colonização portuguesa até a Segunda Guerra Mundial, a vila foi ponto chave no Médio Rio Negro, pois era local para extração da borracha.
Passada esta época, e com a falência da borracha no Amazonas, o local fica esquecido para a sociedade e seus moradores passam a abandoná-la. Parte destes se mudam para o que hoje é conhecido como Novo Airão.
Outra teoria para o abandono do local, seria a Lenda das Formigas de Fogo. Há relatos que de, nos anos 50, a população estaria sendo atacada por formigas de fogo e um político pediu ajuda para mudar a sede do município, sendo assim o motivo da transferência para Novo Airão.
Verdade ou não, o ambiente de fato, deixado nesta época, sendo tomado pela vegetação e ruínas.
O local ainda está abandonado?
A partir de 1985, a Marinha do Brasil começou a usar a cidade como alvo para treino de tiros de seus navios até 2005, quando a cidade foi tombada.
Em 1960, um japonês, chamado Shigeru Nakayama, torna-se guardião da cidade, à pedido de um dos últimos membros da família lusitana Bizerra, que anteriormente era responsável pela administração de Velho Airão. Ele chegou à Amazônia no começo dos anos 1970, mas em Velho Airão, apenas em 2001. Desde então, ele se tornou o único homem a viver na cidade abandonada.
A vila se tornou ambiente turístico e de visitação, e é possível localizar ambientes que antes foram escolas, igrejas, cemitérios, etc. Atualmente cerca de sete famílias vivem ali e auxiliam na visitação turística.
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